Fãs lotam livraria da Asa Norte para prestigiar o escritor Itamar Vieira Junior em sessão de autógrafos

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No sábado passado (24/06), a livraria de rua Circulares, na Asa Norte, promoveu o lançamento do livro “Salvar o fogo”, de Itamar Vieira Junior, com uma sessão de autógrafos com o autor.

Com uma fila que dava voltas e mais voltas ao redor do estabelecimento, o evento contou com música ao vivo do grupo Muralha Antifa e do DJ La Reina para animar o público.

Durante a espera, também ocorreram leituras de trechos do romance com Maria Carolina Machado, que compõe a equipe da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, do Ministério da Cultura. 

foto: Catharina Braga
foto: Catharina Braga

A proprietária da Circulares Ariana Frances, 42 anos, relata como foi especial para a sua livraria receber um escritor renomado após ter feito dois encontros online com ele e as suas tradutoras: “Desde o começo da livraria, o Itamar é o autor que mais circula por aqui. ‘Torto Arado’ é o livro que mais vendemos.

Por isso, brinco que aqui é a sede física do fã clube para esse livro”. Sobre o encontro ter reunido 200 pessoas, Ariana acredita que isso se deu pela bela maneira que o Itamar Vieira Junior representa a literatura brasileira contemporânea. 

Entre os muitos admiradores presentes no dia, a funcionária pública Munira Franco, 56 anos, expõe que acompanha o escritor premiado desde a publicação do seu livro mais famoso “Torto Arado”. Desde então, tornou-se apaixonada pela sua obra.

“É muito bonito ver essas pessoas em uma fila quilométrica para prestigiar o Itamar. É a literatura, que hoje é tão pouco apreciada, vencendo”, declara ela sobre o encontro.

Para Munira, as temáticas, muito presentes nos dias de hoje, da exploração agrária, da força da mulher na luta contra o machismo e da dificuldade em sobreviver em meio à pobreza do nordeste são os diferenciais de Itamar Vieira em relação aos outros escritores brasileiros atuais. Ela ainda completa que gosta bastante da escrita do baiano por ele lembrar um “Guimarães Rosa moderno”. 

foto: Catharina Braga

Outra pessoa que também estava na fila é a jornalista Suzana Varjão. De acordo com ela, o sucesso do autor é resultado da sua capacidade de alcançar e sensibilizar as pessoas. “É difícil e caro. A gestão cultural do Brasil não dá o apoio necessário, e o sistema de distribuição é complicado. Por isso, fico contente em ver um fenômeno como o Itamar porque não é fácil chegar a esse ponto”.

Suzana, que também é escritora e publicou recentemente uma série dividida em dois livros, dá conselhos a quem deseja entrar na área: “O ‘não’ você já tem, vá em busca do ‘sim’. Não desista dos seus sonhos. Escrever é um ato de libertação, é extremamente prazeroso e gratificante”. 

Por Catharina Braga

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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