Quem já não perdeu a hora escolhendo uma leitura? Biblioteca é mais do que um espaço de perder a hora, mas também de transformação, liberdade e imaginação. Existem 26 bibliotecas públicas que recebem suporte técnico e operacional do governo, segundo o site da Secretaria de Cultura. O acervo somado das bibliotecas públicas é de 474 mil e o fluxo de pessoas por ano das cinco bibliotecas mais visitadas (Biblioteca Nacional, Ceilândia, Taguatinga, Gama e biblioteca 512 sul) soma 194 mil visitantes. As bibliotecas públicas começaram a existir em Brasília no ano de 1970, com a inauguração da Biblioteca Demonstrativa no dia 20 de novembro, pelo Ministério da Cultura. Qualquer pessoa com identidade pode retirar livros.
Para a bibliotecária Iris Amaral, a comemoração da data proporciona uma oportunidade para se ter conhecimento das bibliotecas e refletir sobre a sua importância na comunidade. “O nosso desejo é ter bibliotecas espalhadas pelo Brasil. É uma pena que, mesmo em Brasília, faltem bibliotecas”, afirmou.
As bibliotecas passaram a ter um novo significado no mundo moderno. Segundo a bibliotecária, o objeto de trabalho das bibliotecas deixou de ser a preservação de documentação e passou a ser a disseminação de conhecimento. “As bibliotecas são formadoras de conhecimento. Ela é muito relevante tanto para a comunidade como para o ensino”, explica.
“Antigamente nós víamos a biblioteca como organizadoras de livros, hoje vemos como organizadoras da informação”.
“Os livros digitais (e-books) vieram para transformar o acesso à informação”, segundo Iris Amaral. Ela acredita que a área digital é uma das que mais cresce nas universidades, por oferecer praticidades como a criação de bases de dados, bibliotecas particulares, uso de “post-its” digitais (recurso para se fixar observações ao longo do texto). Porém, a gerente afirma que as plataformas digitais devem existir aliadas às bibliotecas físicas.
Para a estudante de direito, Júlia Campos, a biblioteca é importante para o estudo e inclusive para ajuda em trabalhos de conclusão de curso, que exigem, por exemplo, a adequação às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O serviço de revisão das normas é oferecido por algumas bibliotecas.
A bibliotecária Luísa Alves, de 28 anos, conta que o trabalho de adequação às normas da ABNT é muito usado pelos alunos das universidades. Ela julga esse trabalho importante e afirma ter uma boa experiência com os universitários. “Percebo o quanto eles gostam, o quanto eles procuram o serviço e o quanto isso é importante para a vida acadêmica”, disse.