Dia 15 de outubro é comemorado o dia dos professores. Em todo o país, mestres se dedicam a passar conhecimento aos alunos, independente das dificuldades. Um exemplo é a professora de braille e uma das fundadoras da biblioteca Dorina Nowill, Noeme Rocha Da Silva. Ela possui deficiência visual, é educadora há 19 anos e dá aula para comunidades e para os que necessitam.
Noeme comenta que as aulas de braile podem abrir o mundo para os deficientes visuais: “Porque sem o braille a gente não tem acesso à leitura, nem a nos comunicar com outras pessoas… Nós valorizamos muito isso e a gente não imagina o cego sem a leitura braille”.
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Quando a professora começou a dar aulas, ainda enxergava. Em 1990 sofreu um acidente e acabou perdendo a visão aos poucos, mas isso não tirou a vontade de Noeme de viver e de passar conhecimento para outras pessoas. Ela se realiza pela docência. “ É muito gratificante, a gente não se imagina fazendo outra coisa, a não ser ajudando os nossos colegas, que eles precisam estar de igual pra igual conosco.” Noeme também fala que o professor só é significante quando olha o aluno que se destaca e volta à faculdade, faz um concurso, trabalha… Enfim, quando cuida de sua vida de forma satisfatória.
Além disso, a professora também comenta que muitos alunos conseguem voltar aos estudos. Ela cita como exemplo um aluno que foi desde o ensino fundamental até chegar à faculdade, estudando em braille: “Ele chegou lá sem nenhuma perspectiva de vida, e hoje ele está no primeiro semestre de psico
logia, é uma emoção, uma satisfação muito grande, eu fico feliz demais de poder contribuir pra esse avanço, ele é só um dos mais recentes, é uma conquista sem igual, não existe satisfação maior.”.
A biblioteca fica em Taguatinga e é aberta para quem queira aprender a ler em braile.
Por Victor Fernandes.