Graduado em turismo, Roger Santuello, 33 anos, trabalhou por oito anos em uma companhia aérea. ‘‘Quando comecei a trabalhar, muita gente não acreditou em mim e olha que eu fiquei lá por muitos anos’’. Mas a trajetória acadêmica do rapaz não para por aí. Concursado pelo Ministério Público da União, ele trabalha há alguns anos na área de recursos humanos e já cursa o sexto semestre de Direito. Diagnosticado com deficiência física ainda quando criança, Roger tem a palavra superação como lema. Para ele, vencer a cada dia faz parte dos obstáculos que precisa superar.
O jovem, que estudou durante toda sua vida em escolas para pessoas sem nenhum tipo de limitação, afirma que já foi rejeitado em vários momentos da adolescência e no início da fase adulta. ‘‘Não posso dizer que não sofri com isso, porque sofri, mas nunca me deixei abalar’’, afirma.
O maior motivo para tanta dedicação aos estudos vem da força que a família lhe dá para não desistir. ‘‘Eu sou o que sou e faço o que faço porque tenho todo o apoio dos meus pais. Eles sempre me motivaram e nunca me deixaram desistir’’.
Segundo o estudante, sua vida é como a das outras pessoas. ‘‘Eu tenho amigos, saio para festas, estudo e trabalho. Nada na minha vida é diferente’’. O estudante acredita na força da frase que diz que podem lhe tirar tudo, mas não podem lhe tirar o conhecimento. ‘‘Eu seria muito infeliz se ficasse parado. Sei que cheguei até aqui e posso ir muito além.”
Por Jamile Rodrigues – Agência de Notícias UniCEUB
Foto: Thaís Ribeiro