Após uma semana de impasses entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o sindicato dos professores (SINPRO-DF) as atividades curriculares voltaram à normalidade. O governo argumenta que a crise financeira tem impedido o pagamento dos salários dos professores. Deputados distritais pressionam para manter a prioridade na educação e efetuar o pagamento aos professores.
CONFIRA ESPECIAL SOBRE PROFESSORES NO DF
Segundo o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) a crise no Distrito Federal é a maior dos últimos anos. “Em nenhum momento da história do DF nós tivemos a situação de econômica tão grave. Herdamos o governo com um rombo de R$ 3 bilhões em relação à 2014 e um déficit no orçamento desse ano de R$ 3.5 bilhões”.
O deputado distrital Professor Israel (PV) explica que seria possível o pagamento aos professores, mesmo com o déficit financeiro atual. “Nós estamos vivendo uma crise muito grave, mas certamente é possível, fazendo as escolhas corretas e definindo quais as prioridades, conseguir os recursos necessários para fazer os pagamentos”.
Para o deputado distrital Chico Vigilante (PT), a Câmara Legislativa ampliou a arrecadação do governo para o próximo ano, mas é preciso dar preferência aos professores. “Vai entrar nos cofres do GDF, 1;5 bilhão de reais, além do que o governo arrecada normalmente. O dinheiro existe, agora falta é definir prioridades. Quem governa é quem define se quer construir uma ponte, ou se quer pagar os salários dos professores”.
Histórico
No dia 28 de outubro, Brasília vivenciou o conflito entre professores e a Polícia Militar (PM). A polícia foi acusada de uma reação truculenta contra os manifestantes. “A humilhação de sofrer agressões físicas da polícia militar é muito grande, nós condenamos este acontecimento e acreditamos que é deplorável. Nós estamos exigindo que o professor seja respeitado em sala de aula e acreditamos ser necessário o Estado ser o primeiro a respeitá-lo, servindo de exemplo”.
Chico Vigilante condenou a ação da PM. “Não é a primeira nem a última vez que os professores serão humilhados e espancados. Até agora, a valorização da educação tem sido só no discurso. Todos os políticos quando estão fazendo campanha, afirmam que vão valorizar a educação, mas na hora que têm a oportunidade de valorizar, nunca valoriza”.
Por Lucas Valença