Após o fim do prazo na inscrição para o passe estudantil, alunos de escolas públicas do Distrito Federal ainda estão sem a confirmação da gratuidade. O período de inscrições foi marcado por problemas de conexão com a internet e por demora na resposta do DFTrans (órgão que controla o sistema de transporte público do DF) perante os interessados. O governo informou que implementou esse novo sistema de cadastro online para dar mais segurança e agilidade no processo de inscrição no passe. Outro motivo é que o controle da concessão do beneficio reduziria a fraude a quase zero.
A aluna do primeiro ano de ensino médio da rede pública, Amanda Rodrigues, 15 anos, teve o pedido aprovado, mas não recebeu nenhum e-mail do DFTrans para retirar o cartão mesmo com o período de requerimento encerrado. Ela tem preferência pelo sistema antigo por ser mais fácil e não possuir problemas de conexão. “A pessoa precisa ter uma boa internet para passar pelo congestionamento do site”.
Reclamações
Entrevistados pela reportagem consideram que poderiam permanecer os dois sistemas, o presencial e pela internet. “Por mais que o online seja prático, tirar as dúvidas seria mais fácil presencialmente”, advertiu Emily Carine, 15 anos, aluna do primeiro ano do ensino médio público. Gabriela, 15 anos, também aluna da rede pública, reclamou da demora para confirmação da aprovação do passe e o período de inscrição já havia se esgotado. A aluna do primeiro ano do ensino médio público, Vanessa Santana, confirmou não receber nenhum suporte da escola em que estuda para acessar a internet e guiar a inscrição.
Prazo
Questionado sobre a demora na liberação do cadastro, o DFTrans respondeu que o prazo para fazer a análise dos documentos enviados é de até 20 dias úteis. Contudo, muitas pendências de documentos estão sendo identificadas (como problemas em foto, na declaração de matrícula e de dados incompletos), o que acabaria atrasando a liberação do cadastro.
O órgão solicitou apoio às instituições de ensino, principalmente da rede pública, para auxiliar no cadastro daqueles que têm dificuldade em acessar à internet. No entanto, a fiscalização nas escolas não foi eficiente.
Por João Victor Bachilli, Arthur Menescal e Elisa Costa