
Sentimento de frustração, falta de liberdade criativa e insatisfação com a atividade profissional são fatores que mais contribuem para uma mudança de carreira, segundo explica a psicóloga organizacional Valéria Ferreira. Os dados fazem parte de uma pesquisa que ela apresentou no Congresso Brasileiro de Psicologia Organizacional e do Trabalho (CBPOT), que é realizado no UniCEUB, em Brasília. “Um ambiente favorável a inovação seria o que contasse com uma gestão participativa. As pessoas têm que ter oportunidade de expor suas ideias”, afirmou.
Uma má relação da gestão com sua equipe é algo muito presente e que atrapalha a liberdade criativa, segundo a especialista. Valéria Ferreira apontou que a maior dificuldade não se encontra na comunicação, mas sim na relação entre o chefe e o subordinado. “Quando o gestor e o empregado não conseguem estabelecer uma relação transparente é quando começa a ter ruídos na relação interpessoal”.
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Maturidade
Segundo a psicóloga, a grande necessidade de manejar os conflitos interno para enfrentar as consequências, de quem está em uma mudança profissional, é o grande fator que faz os valores pessoais mudarem. “Ao início da carreira, as pessoas prezam por valores individuais. Conforme chega a maturidade, o coletivo é o mais priorizado”.
Uma capacidade de adaptabilidade e de autoconfiança é essencial no trabalho, pois é um sistema natural de proteção e uma forma de evitar o stress, de acordo com a especialista. “A confiança mantém a persistência e luta contra as prováveis barreiras que podem surgir”.
Por João Victor Bachilli