Foi em dois mil e dezessete,
Com coragem e devoção,
Que Maria Bezerra sentiu no peito
Um chamado do coração.
Seguiu os passos da avó querida,
Mulher de fé, curadora da vida,
E fez da benzeção, missão.
Começou no posto de saúde,
Na Asa Norte, o primeiro benzimento,
Com galhos, terço e atitude,
Floresceu ali um movimento.
Hoje em dia, a fila é comprida,
São encontros por toda a vida,
Espalhando cura e acolhimento.
Toda semana tem atendimento,
Em parque e posto de oração,
Sempre gratuito, cheio de sentimento,
Com alma, reza e dedicação.
Divulgam o lugar todo mês,
E onde chegam, fazem sua vez,
Tocando fundo o coração.
Maria conta com alegria,
Que cada uma tem seu saber:
O segredo não é a planta só,
Mas a fé que tira o nó
De quem quer renascer.
“Não nego o valor da ciência,
Mas a fé é essencial.
É dela que vem a paciência
E um bem-estar espiritual.”
É o que diz a benzedeira fiel,
Com o coração leve como um papel
E um amor incondicional.
Assim segue nessa rotina bonita,
De almas que querem curar,
Com fé, benzimento e visita,
E o dom de abençoar.
No cerrado, em cada estação,
Elas espalham compaixão
E nos ensinam a amar.
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Por Mayara Mendes
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira