Professora de química e apaixonada por educação, Sandra Medeiros dividiu suas experiências dentro de sala de aula e em como lidou com a aposentadoria sem deixar de trabalhar.
Caminhada
Sua vocação foi descoberta ainda na adolescência, além de aprender, sua vontade sempre foi de compartilhar conhecimento, e sua experiência em sala de aula comprovou seu desejo.
“Desde sempre soube que era o que eu queria, quando eu era estudante adorava ajudar meus professores e ficar na escola para estudar com meus colegas, atuei na área da educação desde cedo”, disse
Mesmo iniciando sua trajetória cedo, a professora reconhece que a área da educação não é um caminho fácil, principalmente fora da rede privada. Além do ensino médio, Sandra ministrou aulas também para o EJA, educação de jovens e adultos e ali relatou cenários difíceis.
“Cada dia era uma batalha, situações difíceis, muita vulnerabilidade. Nós como professores tinhamos que fazer diversos papeis além do ensino, porque tinha uma carência grande”, relatou.
Dupla rotina
Além do ensino, a professora também é apaixonada pela cozinha. Havia um projeto de investir na área após se aposentar, mas por uma mistura de necessidade e prazer pessoal acabou iniciando seus planos mais cedo com a venda de marmitas em seu trabalho.
Conciliar as duas áreas exige disciplina, mas, segundo ela, a organização da rotina permite equilibrar trabalho e vida pessoal, sem deixar de lado os momentos de lazer.
“Eu preciso de uma rotina dentro e fora da escola, preciso preparar aula, elaborar prova.Tudo é uma questão de planejamento e rotina”, afirmou
Aprendizados com a aposentadoria
A aposentadoria trouxe a oportunidade de novas descobertas e a coragem de recomeçar. Mesmo não deixando a sala de aula, Sandra relata que ser aposentada a trouxe mais tempo livre e disponibilidade para se dedicar a outras coisas que ama, como a cozinha.
“A aposentadoria me trouxe uma tranquilidade muito grande, a rotina se tornou mais leve. Aposentar é muito bom”, relata.
Além disso, destaca a importância de sempre ser ativo mesmo ao envelhecer. “Buscar outros trabalhos alternativos, realizar sonhos ou dedicar tempo a novos estudos” afirma.
Por Isabella Ribeiro, Madu Suhet e Maria Júlia Ribeiro
Supervisão de Luiz Cláudio Ferreira