Águas Claras: pista de skate está deteriorada

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Administração diz que aguarda o projeto de revitalização da pista. Skatistas afirmam que o pedido já foi formalizado e encaminhado para a Administração.
A Pista de Skate de Águas Claras, próxima à estação Concessionária, tornou-se alvo de críticas por parte de moradores da região e dos skatistas que utilizam a praça. Eles reivindicam reforma e mais policiamento. “A administração acha que, depois de pronta, a pista fica utilizável pra sempre”, lamenta o estudante André Camargo. A Administração Regional de Águas Claras afirma que mais viaturas já foram designadas para fazer a vigilância do local, e que espera um projeto dos usuários da pista descrevendo quais são as reformas necessárias.
A pista de Águas Claras foi reformada há um mês por uma iniciativa de uma loja de acessórios para skate nos arredores da pista. Após vários pedidos de reforma, feitos à Administração, sem retorno, a loja organizou uma revitalização. Para o financiamento da obra foram arrecadadas colaborações, principalmente dos skatistas, e parte da receita da loja. Gabriel Seixas, funcionário da loja, diz que a loja arcou com cerca de  quinze mil reais na manutenção, porém ainda não foi o suficiente para a reforma desejada pelos skatistas. “Nós, juntamente com a Federação dos Skatistas, que estão intermediando nossa relação com a Administração, já enviamos um projeto pedindo a reforma”, disse. Ele acrescentou que recolheu 600 assinaturas a favor da não derrubada da pista.
Assista a entrevista

O administrador de Águas Claras, Manoel Valdeci, afirma que a ouvidoria da administração recebe inúmeras reclamações de barulho na região da pista e que, por ser próximo a estação de metrô, a região também é um ponto de tráfico de drogas. Quando questionados, moradores das redondezas não pediram a demolição ou transferência da pista, e sim uma reforma na estrutura e um maior policiamento. Segundo o morador Rafael Mota, a constante movimentação da pista ajuda no combate a criminalidade. “Mas seria uma boa solução termos uma viatura fixa na praça”, disse.
fasfsafO estudante Paulo Henrique, 22, anda de skate em diversas pistas do DF e afirma que a maioria carece de policiamento. Ele cita como exemplo o assassinato de uma criança de 9 anos, no início do ano. Ela estava nas proximidades da pista do Paranoá e, devido a uma briga envolvendo traficantes, acabou sendo atingida. Paulo teme que a pista seja derrubada sem aviso prévio, como aconteceu em agosto de 2014 com a pista da Praça do DI, em Taguatinga. “A pista é nosso patrimônio, sem ela, ficamos sem o que fazer”, disse. Na época, a Administração Regional de Taguatinga argumentou que moradores e comerciantes da região reclamavam que a praça funcionava como um ponto para usuários de drogas e moradores de rua, e pediram a retirada da pista.
Depois da derrubada skatistas que frequentavam a pista fizeram reclamações. A Administração de Taguatinga anunciou no mesmo mês que iria construir uma nova pista de skate no Taguaparque, mas não definiu uma data, quase 2 anos se passaram e ainda não há previsão da construção.
Após 19 meses, a Administração de Taguatinga informou que já possui a verba para construir a nova pista e que está preparando a licitação para definir a empresa responsável pela obra. Ao mesmo tempo, skatistas reclamam a falta da pista e a inutilização da praça do DI, que ainda recebe denúncias de criminalidade.
Criminalidade
De acordo Polícia Militar, em 2014 foram registradas três ocorrências envolvendo tráfico e duas por uso de drogas na Praça do DI. A PM destaca que depois da derrubada em agosto, até dezembro, nenhuma outra ocorrência foi registrada. Porém, em 2015, foram novamente registrados três casos de tráfico e um de uso de drogas, e apenas entre janeiro e março deste ano a PM registrou dois casos de tráfico na região. A Polícia afirma que a pista de skate teria sido demolida devido a problemas na estrutura da rampa.
A administração disse que analisa projeto de revitalização da praça. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF) informou que o 2º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento de Taguatinga, adotou estratégias para combater crimes na região da Praça do DI, e que os planos já estão em ação. Enquanto isso, skatistas que frequentavam a pista fica sem alternativas para a prática do esporte na cidade.
Por João Vitor Silva

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