A Secretaria de Esporte e Lazer do DF oferece um programa de centros olímpicos e paralímpicos que atende 12 regiões administrativas.
A iniciativa contempla todas as faixas etárias e dá suporte a pessoas com deficiência.
Para Halley Pereira Cunha, treinador de atletismo de 39 anos, o Centro de Treinamento de Educação Física Especial (Cetefe) se destaca pela qualidade dos equipamentos e pelo acompanhamento oferecido aos atletas.

“90% dos atletas aqui vem de regiões administrativas”, aponta o treinador Halley Pereira.
Apesar de já ter treinado diversos atletas nos centros olímpicos e paralímpicos de Ceilândia e Brazlândia, no Centro Integrado de Educação Física (CIEF) , na Asa Sul, o professor Halley conta com uma qualidade superior e com melhores equipamentos.
Essa diferença também é queixa dos alunos, que entendem que os centros olímpicos, disponibilizados pela Secretaria de Esporte e Lazer do DF, são apenas bases, e, se quiserem alçar maiores voos no esporte paralímpico, precisam ir diariamente para o Plano Piloto.
O atleta Josipher Jesus de Atanásio Alves tem deficiência visual. Atualmente ele compete na categoria T13, uma categoria que abraça atletas com um campo visual restrito, onde o campo visual periférico é limitado, e o central acaba sendo uma névoa.
Josipher treinava no Centro Olímpico de Brazlândia, mas foi trazido por Halley para que tivesse mais oportunidades no atletismo.
O jovem avalia ser uma “honra” poder treinar em uma pista melhor e ter um apoio mais profissional. “Eu quero levar [o esporte] para a vida”.
Josipher conta ser um desafio se deslocar de ônibus, por conta de sua deficiência.
“Você pode ir até para umas competições, mas como ele é limitado na questão de equipamentos, tendo uma pista só de 200m que não agrega muita coisa no treinamento”, afirma.
Halley Pereira Cunha, seu professor, é formado em educação física e atua como treinador e corredor guia desde 2006.
Por André Araújo, Rafael Soares, Ana Luiza Ferraz
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira