Brasília será sede da Liga das Nações masculina até domingo (12 de junho) na Arena BRB Nilson Nelson. Essa será a estreia do Brasil na competição. A cidade também receberá o campeonato feminino do dia 14 a 19 de junho.
Oito seleções participarão da etapa na capital federal. Brasil, Austrália, China, Estados Unidos, Eslovênia, Holanda, Irã e Japão disputarão dezesseis jogos no total.
O Brasil enfrenta a Austrália, no dia 8; a Eslovênia, no dia 9; os Estados Unidos, no dia 11; e a China, no último dia de competição.
Confira tabela completa de jogos:
(Foto: Divulgação/CBV)
Como funciona a Liga das Nações?
A Liga das Nações, ou Volleyball Nations League (VNL), foi introduzida no calendário de seleções em 2018. O campeonato é o substituto da Liga Mundial, que teve sua última edição realizada em 2017.
Cada edição conta com 16 países participantes. Em 2022, Brasil, Alemanha, Argentina, Austrália, Bulgária, Canadá, China, Estados Unidos, Eslovênia, França, Holanda, Itália, Irã, Japão, Polônia e Sérvia disputarão o título.
A fase preliminar é disputada durante três semanas, do dia 7 de junho a 10 de julho. As equipes são divididas em dois grupos de oito times por semana e, a cada etapa, cada grupo joga em um país diferente. Seis países sediarão essa fase: Brasil, Canadá, Filipinas, Bulgária, Japão e Polônia. No total, cada seleção disputa 12 jogos.
As oito melhores equipes avançam às quartas de final. Todas as partidas a partir dessa etapa são disputadas em jogos únicos. Bolonha, na Itália, receberá a fase final entre os dias 20 e 24 de julho.
A edição de 2022 marca a volta da VNL ao seu formato original. Em 2021, a competição foi disputada em uma bolha sanitária em Rimini, na Itália, devido a pandemia de COVID-19.
A seleção brasileira é a atual campeã da competição e inicia em Brasília a busca pelo bicampeonato. O maior vencedor da Liga das Nações é a Rússia, com dois títulos.
Conheça as seleções
Brasil: Ao todo foram 25 jogadores inscritos para representar o Brasil. A seleção, que é uma das favoritas ao título, conta com os medalhões e consagrados Lucarelli, Bruninho e Lucão como base desse time. A equipe terá 7 dos 12 jogadores que estiveram nas Olimpíadas de Tóquio. O técnico Renan Dal Zotto, porém, deu início ao processo de renovação para o próximo ciclo olímpico convocando 12 atletas que não participaram dos principais campeonatos de seleções em 2021. Um desses jogadores chama a atenção: trata-se de Adriano, ponteiro de 20 anos e MVP dos jogos Pan-Americanos sub-23.
Brasil em amistoso disputado contra o Japão (Foto: Divulgação/CBV)
Estados Unidos: A seleção americana chega à VNL 2022 após um sétimo lugar na edição passada. Com 8 jogadores que estiveram nas Olimpíadas, o técnico John Speraw mantém a base do time e busca misturar a experiência com a juventude. Dos 25 jogadores inscritos, 10 jogarão a sua primeira Liga das Nações. O destaque vai para T.J. DeFalco, maior pontuador da equipe nos Jogos Olímpicos.
Eslovênia: País que vem surpreendendo com os resultados atingidos nos últimos anos, a Eslovênia vem de uma ótima temporada em 2021: quarto lugar na Liga das Nações e medalha de prata no campeonato europeu. A seleção, porém, não chega ao Brasil com força máxima. O técnico Mark Lebedew iniciará a competição com um time jovem, buscando descansar seus jogadores experientes que terminaram a temporada de clubes recentemente e iniciaram a preparação para a temporada internacional com atraso. Com talentos jovens, Rok Mozic, 19 anos, e o oposto de apenas 17 anos Nik Mujanovič merecem ser observados em Brasília. O foco da equipe está no campeonato mundial — que ocorrerá após a VNL —, competição em que a Eslovênia será um dos países sede.
China: A seleção chinesa volta à competição depois da ausência em 2021 devido a problemas na logística causados pela pandemia da Covid-19. Se o país é famoso por seu desempenho no vôlei feminino, ainda não se pode dizer o mesmo sobre a equipe masculina. A China, que ficou de fora de Tóquio 2020, inicia na VNL 2022 a jornada para a classificação olímpica. Em uma etapa complicada, seus adversários serão Irã, Japão, Eslovênia e o Brasil.
Austrália: Buscando encontrar a melhor forma, a Austrália terá a difícil missão de enfrentar o Brasil no jogo de abertura. Tendo amargado a última colocação na Liga das Nações em 2021 e vencido 1 jogo dos últimos 15, eles chegam talvez como os grandes azarões do torneio.
Irã: A tradicional seleção iraniana é outra que chega à Brasília com a missão de reencontrar o bom voleibol. Com um 12º lugar na edição de 2021 e a eliminação ainda na fase de grupos em Tóquio, a primeira semana de VNL será essencial para buscar a classificação para as quartas de final. O Irã enfrenta China, Holanda, Austrália e Japão.
Japão: A melhor seleção asiática dos últimos tempos inicia a Liga das Nações em uma situação tranquila. Depois de um 11º lugar na edição passada, o Japão chegou até as quartas de final da Olimpíadas, sendo eliminado pelo Brasil. Apesar dos resultados aparentemente decepcionantes, é um time que vem construindo uma base forte de jogadores e busca apenas melhorar seus resultados. O destaque absoluto do time é o oposto de 22 anos e 1,86 de altura Yuji Nishida: com pouca altura para a posição, o camisa 1 salta a impressionantes 3,51 metros no ataque e é a bola de segurança do time.
Holanda: A tradicional Holanda corre por fora em relação às favoritas, porém é, sem dúvidas, uma seleção forte. Seu principal jogador é Abdel-Aziz Nimir, que foi o melhor pontuador nessa mesma fase em 2021. O oposto é conhecido pela torcida brasileira, tendo atuado na temporada de clubes pelo Modena Volley — clube italiano onde também jogam os brasileiros Yoandy Leal e Bruninho.
Ingressos
Os ingressos estão à venda pela plataforma digital Eventim e valem para todos os jogos do dia escolhido. Os preços variam entre R$12 e R$70.
(Foto: Divulgação/CBV )
A transmissão da Liga das Nações no Brasil está sendo feita pelo SporTV 2 e pela Globo. Todas as partidas do campeonato também são transmitidas ao vivo pelo serviço de streaming pago do Volleyball World, a Volleyball TV.
Por Júlia Costa e Marco Antônio Dutra
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira