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No Circuito de Zandvoort, palco do Grande Prêmio da Holanda, a chuva intensa se aliou ao traçado desafiador para criar um cenário épico de caos e reviravoltas.
Max Verstappen, piloto local da Red Bull Racing, continuou a sua série impressionante de vitórias, enquanto Fernando Alonso surpreendeu o mundo ao alcançar o segundo lugar com a Aston Martin.
O pódio também viu a ressurgência de Pierre Gasly, da equipe Alpine, que comemorou o terceiro lugar depois de dois anos sem saborear o champagne da vitória. Em uma corrida repleta de ação e imprevisibilidade, a chuva implacável trouxe à tona a habilidade suprema dos pilotos em dominar as condições adversas.
O Grande Prêmio da Holanda deste ano se transformou em um caos inesquecível, repleta de emoções e surpresas sob a forte chuva que desafiou os pilotos e suas máquinas.
Fernando Alonso, o veterano que se recusa a ser esquecido, se destacou sob a chuva torrencial, ultrapassando adversários e alcançando uma impressionante segunda posição. Carlos Sainz e Pierre Gasly travaram uma batalha feroz pelo terceiro lugar, deixando todos os espectadores vidrados em sua intensa competição.
O pelotão intermediário também não ficou atrás. Pilotos menos conhecidos brilharam, aproveitando as condições desafiadoras para mostrar suas habilidades e se destacar em meio à intensidade da corrida.
Reviravoltas
Apesar da empolgação em torno de Verstappen, a corrida não foi um passeio tranquilo para todos. Charles Leclerc, da Ferrari, enfrentou um revés amargo ao abandonar a corrida devido a defeitos mecânicos, frustrando as esperanças da equipe e de seus fãs. Enquanto isso, o estreante Logan Sargeant teve um momento de infortúnio, perdendo o controle do carro e batendo, o que o forçou a se retirar da corrida.
A corrida atingiu seu ápice quando a chuva aumentou na volta 63. A pista escorregadia levou a uma série de incidentes impressionantes: Zhou bateu e teve que abandonar, resultando na entrada da bandeira vermelha. Lewis Hamilton, Sergio Perez e Tsunoda também encontraram dificuldades nas condições traiçoeiras, indo para a brita. Valteri Bottas sofreu um impacto significativo ao bater na barreira móvel.
Após 38 minutos de espera, a prova foi relargada, proporcionando mais emoção aos fãs e desafiando ainda mais a habilidade dos pilotos.

Circuito de Zandvoort
O circuito de Zandvoort uma rica história que remonta às décadas passadas. Localizado nas dunas costeiras da cidade de Zandvoort, na Holanda, esse circuito sempre foi conhecido por suas 14 curvas desafiadoras ao longo de 4,3 Km. Inaugurado em 1948, mas em 1985 ficou inutilizado e só em setembro de 2021 voltou para o automobilismo.
Uma das características mais marcantes de Zandvoort é seu traçado sinuoso, que oferece desafios técnicos e oportunidades para ultrapassagens emocionantes. Curvas como Tarzanbocht, Scheivlak e Arie Luyendykbocht se tornaram lendárias por testarem a habilidade e a coragem dos pilotos.
Ferrari X Charles Leclerc
Durante todo o final de semana no Circuito de Zandvoort, a Ferrari enfrentou uma série de contratempos que lançaram uma sombra sobre seu desempenho. Desde os treinos de qualificação até a corrida, a equipe italiana viu suas ambições frustradas por uma série de falhas e incidentes.
O começo das provações veio durante a sessão de qualificação, quando Charles Leclerc perdeu o controle de seu carro, resultando em uma colisão impactante. O incidente não apenas danificou o carro do jovem piloto, mas também afetou sua confiança e a configuração crucial para a corrida.
Na corrida em si, as dificuldades continuaram para a Ferrari. Logo nas primeiras voltas, a asa de Leclerc se rompeu, deixando-o em uma posição ainda mais precária. A falta de estabilidade afetou sua capacidade de manobrar o carro e comprometeu sua velocidade, colocando-o em desvantagem diante dos concorrentes.
As falhas mecânicas não pararam por aí. O assoalho do carro de Leclerc também cedeu às demandas da pista desafiadora da Holanda. Esse revés, somado à asa danificada, tornou impossível para Leclerc continuar na corrida. A decepção de abandonar após uma série de adversidades visava um duro golpe na equipe e em seus fãs.
No entanto, talvez um dos momentos mais frustrantes tenha ocorrido nos boxes da Ferrari. Um pit stop desajeitado e demorado arrancou preciosos segundos que seriam cruciais na corrida. A demora comprometeu todo o ritmo da corrida de Leclerc, e a falta de eficiência na parada nos boxes foi refletida em sua queda dramática na classificação, indo do nono lugar para uma preocupante décima sétima posição.
O final de semana que começou com esperanças para a Ferrari rapidamente se transformou em uma série de desafios difíceis de superar. As falhas mecânicas, os incidentes na pista e um pit stop desastroso criaram uma narrativa de decepção e frustração para a equipe italiana. Em um esporte onde a perfeição é uma necessidade, a Ferrari enfrentou uma dura lição sobre os altos e baixos que podem ser encontrados nas corridas da Fórmula 1.
Classificação

Por Natália Santos
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira