A surdoatleta Ana Paula Nascimento Teixeira, que pratica nada menos do que quatro esportes, garante que é possível se organizar para manter o rendimento em todas as atividades. Apaixonada pelo mundo dos esportes, ela diz que tem uma jornada de dedicação que repercute além das arenas esportivas.
Desde a infância, Ana Paula foi cativada pela energia, competição e camaradagem que os esportes oferecem, encontrando neles uma forma de expressão e conexão, independentemente das barreiras de comunicação.

Características
Com uma paixão diversificada por diferentes modalidades, a atleta revela que é difícil escolher apenas uma preferida, e que cada esporte possui suas próprias nuances que a cativam. “O futsal exige muita habilidade técnica e agilidade; o handebol é intenso e estratégico; o vôlei e o vôlei de praia são desafiadores e proporcionam uma grande sensação de trabalho em equipe”, compara.
Para Ana Paula, a acessibilidade no esporte para pessoas surdas é mais do que uma necessidade. É um direito fundamental das pessoas surdas. “É crucial para garantir que elas possam participar plenamente e desfrutar dos benefícios do esporte, como saúde física e mental, socialização e desenvolvimento pessoal”, afirma.
Ela enfatiza a importância de governos, entidades esportivas e profissionais se engajarem na promoção da inclusão. Isso garante que todos tenham a oportunidade de participar do esporte de forma justa e segura.

Apoio
Ana Paula se credenciou para estar ligada à Federação Brasiliense Desportiva dos Surdos em 2020. A entidade, segundo a multiatleta, garantiu um espaço de apoio para que ela rendesse ao máximo em todas as atividades.
Para ela, o contato com outros atletas surdos foi uma experiência transformadora. “Ter contato com outros atletas surdos foi uma experiência incrível. Fiz novas amizades, joguei com outros surdos e senti uma grande sensação de pertencimento e apoio”, diz a atleta.
Apesar dos desafios enfrentados na sociedade como uma pessoa surda, Ana Paula se considera uma lutadora. Ela destaca a importância de superar a falta de acessibilidade e os preconceitos contra a comunidade surda, que está constantemente lutando para quebrar essas barreiras. “É importante lembrar que somos pessoas normais, com capacidades e sonhos, como qualquer outra”.

Por Ana Luiza Moraes
Fotos: divulgação
Sob a supervisão de Luiz Cláudio Ferreira