O Paulistano (SP) venceu a equipe do Brasília (DF) por 102 a 87, na Arena BRB Nilson Nelson, na noite de quarta (18). A equipe paulista fez um jogo consistente e não ficou atrás do placar em nenhum momento.
Com a vitória, o Paulistano quebrou a invencibilidade dos brasilienses dentro de casa. O Brasília havia feito uma sequência de cinco jogos invictos na capital federal. Os tigres venceram pela terceira vez seguida no campeonato e acumularam o sétimo triunfo na competição.
O destaque da partida foi o ala-armador Kevin Crescenzi que, com 23 pontos, comentou, em entrevista à Agência Ceub, a importância do desempenho para a moral da equipe.
“Nosso aproveitamento foi muito bom, nossos arremessos foram bastante eficientes e também fomos muito consistentes na defesa, roubando bolas e neutralizando o ataque deles, sinto que esse foi o nosso diferencial”, disse Crescenzi.
Qual era a situação das equipes antes do jogo?
O Brasília vinha de vitória contra o Pato Basquete, também no Nilson Nelson, por 98 a 94, em jogo disputado até os últimos segundos. Em casa e com tranquilidade, o Paulistano venceu o Caxias por 82 a 72.
Antes do apito inicial, o momento das equipes era distinto. Ainda que o clube brasiliense tivesse começado o campeonato com três derrotas seguidas, eles se recuperaram e acumulavam 11 vitórias em 12 jogos.
Ao todo, a situação do Paulistano na competição era complicada, uma sequência de triunfos ainda não havia ocorrido para o time na temporada e, após duas vitórias contra o União Corinthians e o Caxias, eles esperavam manter os bons resultados e a boa fase. A boa fase, aliás, se confirmou com o desenrolar da partida, como afirmou Crescenzi.
“Essa foi a nossa terceira vitória seguida e a gente está pegando entrosamento, um ritmo muito bom e os jogos estão sendo cada vez mais proveitosos. Agora vamos pegar uma sequência difícil de jogos com times do topo da tabela e espero um bom aproveitamento da equipe”.
Começo intenso
Bola pro alto no primeiro quarto e o time do Brasília entrou desligado. Os repetitivos erros cometidos e os espaços deixados fizeram um Paulistano intenso e disciplinado não perdoar o time do DF, que sofreu uma grande diferença no placar no começo da partida.
O time da capital paulista não perdeu as oportunidades que teve e somou um aproveitamento alto nos arremessos. Como destaque, o armador Vitinho, que acumulou 100% de eficiência nas cestas de média e longa distância, fazendo 9 pontos no período.
Primeiro quarto: Brasília 21 x 32 Paulistano
Virada esboçada
Os tigres não tiveram uma postura diferente no segundo quarto, a equipe soube administrar o placar mesmo contra um Brasília mais focado. A aposta por parte dos paulistas nas bolas de três continuou surtindo efeito, aliás, assumem a quinta colocação em eficiência nesse tipo de pontuação entre os times do NBB na temporada.
Após a primeira metade do período, a equipe brasiliense desenhou uma reação que se tornou realidade com Anton Cook. Novamente com um ótimo desempenho que é recorrente na temporada, o ala-armador fez, nos dois minutos finais, sete pontos de seus 14 conquistados no quarto e levou o Brasília para uma esperança de virada. A diferença no placar que, outrora, era de 11 pontos, foi para seis.
Segundo quarto: Brasília 48 x 54 Paulistano
A voz da torcida
Durante o intervalo, os membros da torcida organizada UniBrasília, que apoiaram do início ao fim, demonstraram ansiedade e esperança em relação à uma boa temporada do Brasília com classificações e títulos.
“A expectativa está alta, há muito tempo a gente não via um time tão bom do Brasília. Foi uma equipe com um investimento alto, bem montada e de cabeça no lugar que vem sendo bem treinada pelo Dedé. Sentimos que essa parte de reestruturação do time tem forte influência dele e o torcedor fica na esperança iminente por títulos, pela volta dos tempos de glória do Brasília”.
Reação dos donos da casa
Na volta dos vestiários, o time da casa propôs um ritmo de troca de passes rápidos e marcação alta à quadra adversária, encurralando os jogadores paulistas.
Eles tiveram certa dificuldade para frear o plano de jogo imposto. Assim, a diferença que era de seis pontos se transformou em um empate na primeira metade do período.
Mesmo com uma melhora significativa, o técnico Dedé Barbosa viu a tática da equipe ir por água abaixo após um visível esgotamento físico dos brasilienses, que diminuíram o tempo de marcação alta e deram espaço para o Paulistano impor seu jogo e continuar na frente do placar.
Terceiro quarto: Brasília 70 x 78 Paulistano
Cansaço brasiliense e tranquilidade paulistana
O quarto antes do apito final teve uma sina diferente em relação ao resto do jogo, a consistência do Paulistano para defender a vantagem no placar, mesmo que evidente por toda partida, ficou ainda mais clara e tirou qualquer esperança que a equipe do DF tinha de vitória.
Com o resultado já moralmente definido, os paulistas se sentiram à vontade para tentar mais e aumentar a vantagem pela leveza e despreocupação do time. Com isso, o esboço de reação brasiliense que antes dos cinco minutos finais chegou a ser uma diferença de seis pontos, se transformou em uma desvantagem de 15 pontos ao final da partida e uma derrota amarga, sofrida pelo cansaço.
Final da partida: Brasília 87 x 102 Paulistano
Próximos jogos
A equipe do Brasília continua no DF para mais três compromissos. O próximo, no sábado (21), às 11h, será contra o São Paulo, que está na sétima colocação. Já o Paulistano enfrenta o Minas, líder do campeonato, na próxima sexta-feira (20), às 19h, em Minas Gerais.
Por Diller Abreu e Lucas de Moraes
