Nascido com paralisia cerebral, Diego Lima, de 30 anos, enxergou desde cedo oportunidades através do esporte. Hoje ele é atleta paralímpico de atletismo em cadeira de rodas. Ele reforça a necessidade de ampliar os recursos destinados ao esporte paralímpico.
O esporte acompanhou sua educação e futuramente sua entrada no mercado de trabalho. O paratleta de 30 anos também está terminando sua graduação em educação física e pretende atuar como professor. Em 2023, foi convidado para se tornar vice-presidente da associação.
Antes de conhecer o atletismo, Lima testou vários esportes, entre eles estão o vôlei sentado, tênis e basquete de cadeira de rodas. Diego escolheu o atletismo de cadeira de rodas por ser um esporte onde dependia apenas de si mesmo para ganhar. “É um esporte que depende só de você”

”Eu conheci o esporte paralímpico por um jogador de basquete, e aí pelo fato de o basquete ter muito atleta adulto e eu ser uma criança, acabou que eu fiz uns testes na cadeira de roda e aí eu gostei[no atletismo]”.
Acesso
Quando iniciou na modalidade, o paratleta morava em Planaltina, com o paratletismo sendo apenas na Asa-Sul no [CIEF] “um percurso mais longo”. Hoje em dia com os centros Olímpicos/Paralímpicos, Diego ressalta que ficou mais fácil o acesso para atletas que moram distante, nas cidades satélite.
Diego ressalta a importância das redes sociais na visibilidade crescente do esporte paralímpico. Ele conta que, mesmo sendo um atleta de Brasília, o reconhecimento na Internet abre muitas portas para patrocínios no Brasil e no mundo.
Equipamento
Sua trajetória na Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE) também é exemplo de que o esporte é apenas uma porta de entrada para uma vida mais digna de uma pessoa com deficiência.
“Quando retornei em 2022, ainda competi com essa cadeira [ofertada no CETEFE], só que eu fui buscando parcerias com iniciativa privada para através de patrocínios. E eu acabei conseguindo esse equipamento através de um patrocínio. É um equipamento muito caro, um pneu desse aqui se estourar pode jogar fora”
Não apenas recursos financeiros, mas, indiretamente, falta profissionais e espaço para os atletas do futuro, reforça Diego.
Por André Araújo, Rafael Soares e Ana Luiza Ferraz
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira