PÓS-JOGO – Na “nova casa”, Flamengo cede empate a Coritiba e torcida já mostra impaciência

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jogo0O Flamengo bem que tentou retribuir o torcedor brasiliense com uma vitória, mas duas cochiladas da defesa não permitiram que o time chegasse aos três pontos. Depois de abrir 2 a 0, com Marcelo Moreno e Cáceres, e o atacante boliviano ainda desperdiçar uma cobrança de pênalti, o rubro-negro carioca permitiu a reação do Coritiba e, em oito minutos, cedeu o empate. Chico, de cabeça, e Alex marcaram para o Coxa. O resultado desagradou bastante o torcedor flamenguista, que saiu do Mané Garrincha sem ver o Flamengo vencer. É a segunda partida do time em Brasília (a primeira foi contra o Santos, na despedida do Neymar) e o segundo empate. O técnico Mano Menezes ponderou que a equipe está em processo de afirmação e que resultados como o de ontem são normais. Ele pediu paciência e apoio da torcida. “Hoje nós estamos precisando mais do torcedor”, ressaltou o treinador.

O jogo começou bem disputado. O Flamengo, empurrado pela torcida, partiu para cima do líder Coritiba. Durante os primeiros cinco minutos, o domínio foi todo do time carioca, que só não marcou em jogada bem executada por Leo Moura, na direita, porque a zaga adversária cortou para escanteio. Depois desse lance, o Coxa equilibrou a partida. O toque de bola, comandado por Alex, foi a arma para esfriar o adversário. A primeira grande chance da equipe curitibana surgiu em escanteio cobrado por Alex, na medida, para a cabeçada de Júnior Urso. A bola bateu no travessão e saiu pela linha de fundo, para alívio do torcedor flamenguista.

A mesma sorte defensiva o Flamengo teve logo em seguida no ataque. Afinal, o Coritiba ameaçava tomar conta do jogo quando Marcelo Moreno aproveitou boa jogada de Gabriel, que chutou cruzado e encontrou o atacante, livre, para concluir. O boliviano ainda teve tempo de dominar a bola e, na saída do goleiro, concluir para as redes. Flamengo 1 a 0.

Festa dos flamenguistas, equilíbrio dos coxas. O experiente Coritiba não se abalou com o gol, mesmo com a bela festa do torcedor no estádio. A receita da equipe para tentar o empate foi a mesma de antes de sofrer o gol: toque de bola. E foi assim, aos 15 minutos, depois de envolver o Flamengo trocando de passes, que Alex, com um lançamento milimétrico, achou Deivid entrando pela área do adversário. O atacante só não finalizou com precisão para o gol porque foi bloqueado pelos zagueiros do Flamengo.

O melhor momento do Coritiba na partida gerou apreensão na torcida e um ato isolado de irresponsabilidade, aos 25 minutos. Um torcedor atirou um copo de cerveja em Diogo, no momento em que ele cobraria o lateral. O árbitro Paulo César de Oliveira paralisou a partida, recolheu o objeto e pediu ao quarto árbitro que registrasse o ocorrido na súmula. A torcida, inconformada com o ato do torcedor e temendo a perda de mando de campo, se revoltou e logo o identificou para a polícia. Na saída, enquanto era retirado pelo efetivo, o atirador de copo recebeu tapas na cabeça de outros torcedores.

O jogo parado favoreceu ao Flamengo, que esfriou a reação do Coritiba e aproveitou o recomeço da partida para crescer ofensivamente. Aos 31, Marcelo Moreno foi acionado na área e, enquanto tentava superar Leandro Almeida na corrida, levou um tranco com o braço. O juiz hesitou em marcar, mas o bandeirinha, não. Revoltados, os jogadores do Coxa partiram para cima do auxiliar, o que nada adiantou. Na cobrança, porém, eles se aliviaram, pois Moreno cobrou mal, no meio do gol, e Vanderlei defendeu com os pés.



jogo3A torcida lamentou a chance perdida. O Coritiba, aproveitando o mau momento emocional do adversário, partiu para cima novamente. Quase chegou ao empate, aos 45, na tabela entre Alex e Deivid. Na hora de concluir, porém, o atacante se atrapalhou com a bola, e a zaga rubro-negra levou a melhor na jogada.

Segundo tempo agitado

As equipes voltaram para a segunda etapa sem alterações. A saída de bola foi do Flamengo, que não perdeu tempo e partiu para cima do adversário. A postura ofensiva deu resultado cedo, pois logo aos dois minutos, Marcelo Moreno encarou Leandro Almeida, levou a melhor e, na hora de concluir, foi travado. Escanteio que Gabriel cobrou e Cáceres, subindo mais alto que todos, cabeceou para as redes. Flamengo 2 a 0.

Muitos torcedores que saíram para os bares e banheiros durante o intervalo não viram o gol rubro-negro. O mesmo não aconteceu quatro minutos depois, quando Alex cobrou, assim como no primeiro tempo, escanteio milimétrico para um companheiro. Dessa vez, quem cabeceou, e de forma certeira, foi Chico. Coritiba 1 x 2.

jogo2Assim que sofreu o gol, a torcida flamenguista começou a apoiar a equipe com cânticos e gritos de exaltação. Mas quem continuou melhor no jogo foi o Coritiba. Sempre comandado por Alex, o time curitibano buscava o empate para se assegurar, pelo menos até hoje, na liderança. E o gol saiu exatamente dos pés dele, do maestro Alex, aos 14 minutos. Ele recebeu passe de Robinho e, livre, fuzilou contra a meta de Felipe, sem chances de defesa para o goleiro. Golaço que emudeceu o Mané Garrincha por alguns minutos. Coritiba 2 x 2.

A torcida voltou a gritar aos 17, para pedir Rafinha, o xodó rubro-negro que jogou no CFZ de Brasília. Foi nesse momento que Leo Moura fez boa jogada pela direita, tocou para Val, substituto de Carlos Eduardo, que chutou colocado, no canto direito. Vanderlei, muito preciso, espalmou para escanteio, na melhor defesa do jogo.

A partida ficou bastante movimentada, com jogadas lá e cá. Duas excelentes oportunidades surgiram, uma para cada lado. Para o Coritiba, aos 23, após boa enfiada de bola de Alex para Everton Costa, que chegou um segundo depois de Felipe. Já a grande chance do Flamengo saiu dos pés de Gabriel. Ele chutou forte e cruzado, no canto direito de Vanderlei, mas a bola saiu rente à trave, levantando a torcida.

O torcedor foi atendido, finalmente, com a entrada de Rafinha aos 29. Gabriel deu lugar ao pupilo do torcedor brasiliense. Franzino e aparentando falta de ritmo, ele não apresentou nada além de disposição. Foi vencido em todas as jogadas contra a defesa coxa-branca.

Com o jogo próximo do fim, muitos torcedores começaram a deixar o estádio. No semblante do rubro-negro, a decepção de que os três pontos estiveram próximos, mas escaparam por descuido da defesa. Mano Menezes prometeu, na entrevista coletiva, aos poucos, ajustar a equipe para que apresente um futebol mais maduro e consistente em todos os setores. Resta saber se o rubro-negro de Brasília terá paciência para esperar por isso. O torcedor tem ido, mas deixou claro que quer logo algo em troca: vitória.

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Por Anderson Olivieri – Agência de Notícias UniCEUB

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