Rio 2016: ex-atletas agradecem por emoções da abertura

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Na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Maracanã abrigou mais de 200 países e mais de 11 mil atletas em seu palco. Cada esportista carregava consigo uma semente que será plantada na área do Parque Radical, uma das instalações do Complexo Esportivo de Deodoro, onde será criada a Floresta dos Atletas. A Chama Olímpica chegou ao estádio carregada por Gustavo Kuerten, premiado tenista brasileiro, que a passou para Hortência, prata em Atlanta 1996 pelo Basquete, que por fim entregou a tocha para Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze em Atenas 2004 por Atletismo, que acendeu a pira olímpica.

Guga assegurou, emocionado, que o momento em que ele mais sentiu orgulho do país foi na Cerimônia de Abertura. “Foi emocionante ter a minha família tão perto e poder receber esse carinho das pessoas. Todo mundo já sonhou em entrar no Maracanã e ser aplaudido. Eu como era muito ruim de bola hoje pude matar essa vontade”, brincou Guga.

O  ex-tenista também se disse muito contente por poder dividir o momento com os outros condutores da tocha, Hortência e Vanderlei. Segundo Guga, os atletas brasileiros sempre foram sua inspiração, e nada mais justo do que Vanderlei Lima acender a tocha. “Esse é o momento de glória que ele tanto merece, foi a medalha que foi tirada dele”.

13950806_1073721319378087_208235471_o 13940195_1073721336044752_1535993675_o (1)A medalhista Hortência contou que, depois de muitos anos fora do basquete, carregar a chama no Maracanã foi uma das emoções mais fortes que ela já sentiu. “Eu sempre agradeço ao esporte por todas as emoções que eu tive ao longo da carreira”, disse ela. A ex-atleta explicou que talvez os Jogos Olímpicos não sejam um sucesso em número de medalhas para o Brasil, mas que tem certeza que o Brasil fará uma grande Olimpíada.

Cerimônia surpreendeu e agradou

O espetáculo que o Brasil deu na Cerimônia foi notícia no mundo todo e agradou também aos brasileiros. A cirurgiã dentista Marta Melo, 52 anos, foi surpreendida com o show, e disse que o que mais a marcou foi a conscientização ambiental. “Não pensei que ia ser algo tão significativo, mas fico feliz de que eles chamaram atenção para a preservação da natureza”, opinou.

Após uma grande festa de abertura, o Brasil não fez feio para o mundo. Mostrou sua história, música e cultura. Agora cabe esperar e torcer para que o país ofereça uma Olimpíada inesquecível, e que, claro, conquiste muitas medalhas.

O espetáculo teve como lema “fazer as pazes com o planeta”, e chamou atenção para o aquecimento global e aumento do nível do mar. O símbolo da paz foi mostrado diversas vezes, promovendo a necessidade da harmonia entre homem – natureza. Além disso, a cerimônia mostrou a história do Brasil para o mundo, passando desde a chegada dos portugueses até uma réplica do 14-Bis de Santos Dumont, o que deixou alguns americanos inconformados, devido a polêmica envolvendo os irmãos Wright.

O diretor criativo do espetáculo, Fernando Meirelles, contou que a tensão pré-show só foi esquecida quando a plateia reagiu. “Foi muito quente a reação do público, muito lindo. Nada é perfeito, mas estou muito satisfeito com o resultado final do nosso trabalho”. Meirelles ainda garantiu que, se as Olimpíadas seguirem no mesmo rumo do sucesso da abertura, os jogos vão ser inesquecíveis. “Está tudo tão feliz, já estabelecemos um clima de que vai dar certo, agora é só terminar”, disse ele, animado.

13931552_1073721396044746_1384921821_oGrandes nomes brasileiros marcaram presença

Grandes artistas renomados participaram da cerimônia, como Elza Soares, Jorge Ben Jor, Zeca Pagodinho, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Marcelo D2. Os novos talentos brasileiros não ficaram de fora, ganhando destaque com nomes como Ludmilla, Carol Conka, MC Sofia, Lelezinha e Anitta. Quem também participou do show foi a grande dama do teatro brasileiro, Fernanda Montenegro.

Uma das cenas mais comentadas foi o desfile que Gisele Bündchen realizou pelo estádio, enquanto o neto de Tom Jobim, o instrumentista Daniel Jobim, tocava com maestria Garota de Ipanema. O ilustre arquiteto Oscar Niemeyer também foi lembrado no espetáculo: ao mesmo tempo que a ubermodel andava, desenhos delicados de obras de Niemeyer apareciam no Maracanã.

Por Carol Alves, do Rio de Janeiro

 

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