Parece que hoje em dia tudo se resume a bombas, explosivos e ataques. Mais do que eu gostaria, leio nos jornais sobre isso. “Bomba no Ministério do Desenvolvimento Social”, “Suspeita de bomba em caixa de bombom no Lago Sul”, “Ataques ao STF”. Manchetes que, antes eram raras, agora se tornaram quase que corriqueiras.

Quando eu era mais nova, isso era algo da “gringa”. Praticamente não se via no país. Parecia um fato tão distante da nossa realidade, supostamente pacífica e alheia aos conflitos externos. Mas o Brasil, com o seu tolo complexo de inferioridade, adora deixar de lado sua cultura e história tão ricas para copiar o que é de fora.
Não me entenda mal, não sou contra uma troca cultural entre diferentes nações. Mas tudo tem limite. O brasileiro, ao invés de se limitar a imitar pelo menos o que é bom, abraçou todos os lados, como esses atos violentos com armas ou explosivos.
Agora, essa violência, até então “desconhecida”, nos alcançou. Pais temem que seus filhos sejam pegos pela arma de um extremista que ocupou a escola. Funcionários públicos e de instituições privadas temem pessoas não identificadas com uma mochila ou maleta nas mãos no seu ambiente de trabalho. Moradores e pedestres temem qualquer objeto abandonado próximo às suas casas ou em espaços públicos. Toda a população teme.
Nessas horas, reflexões clamam por espaço. Cadê as crianças praticando capoeira ? Estão se escondendo das balas atrás das carteiras. Onde está o escritor de cordel ou de folclore ? Está ocupado se defendendo mensagens de ódio nas redes, contra grupos radicais xenofóbicos.
Precisamos voltar a ser as pessoas mais bem humoradas que o mundo já viu. Voltar a ter aquela recepção calorosa que os estrangeiros tanto admiram. Voltar a ser aquele povo guerreiro que enfrentou no passado explorações portuguesas, guerras, revoltas e ditaduras, mas que jamais se contentaria sentado de braços cruzados com esse presente. Não nos deixeis cair em tentação internacional e corromper nosso espírito.
Por Catharina Braga
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira