Pelo menos 49 deputados federais e estaduais (27 deles ligados ao PSL), que carregaram patentes militares no nome, se elegeram no Brasil. O capitão reformado Jair Bolsonaro, que disputará o segundo turno da Presidência da República, foi o puxador de votos desse batalhão. Diga-se de passagem: ele não incluiu a patente na urna.
O Estado que terá mais representantes da caserna na Câmara dos Deputados é São Paulo, com três: Capitão Augusto (PR), Coronel Tadeu e General Peternelli (ambos do PSL). Juntos conseguiram 419.890 votos. Na Assembleia Legislativa do Estado mais populoso brasileiro, seis militares prestarão continência: Coronel Telhada, Major Mecca, Tenente Nascimento, Sargento Nery, Tenente Coimbra e Coronel Nishikawa. Juntos somaram 472.467 votos.
Entre os militares, há verdadeiros campeões de votos. Entre os federais, está o Pastor Sargento Isidório (323.264 votos), do Avante-BA, Sargento Fahur (314.963), do PROS-PR, o Capitão Vagner (303.593), do PROS-CE, fenômenos de votação. Para se ter uma ideia no Nordeste, por exemplo, todos os deputados federais militares somaram 919.584. Só dois senadores carregaram patente: Capitão Styvenson (Rede-RN) e Major Olímpio (PSL-SP). Ele teve 745.527 votos. Em contrapartida, sete estados e o Distrito Federal não elegeram essa categoria de representante.
Por Beatriz Artigas, Luiz Fernando Santos e João Paulo de Brito
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira