O colunista Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo, lançou o livro “Mil dias de tormenta”, que reúne colunas desde o primeiro dia do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff até a segunda denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer. O autor escreveu textos e comentários adicionais para contextualizar cada momento de seu livro.
O jornalista de 34 anos utiliza o sarcasmo como uma ferramenta importante nos textos, para, de acordo com ele, deixar o clima da política mais bem humorado. “A política é um assunto muito indigesto. O jornal, em geral, é uma companhia do leitor no café da manhã. Não quero azedar o café do leitor. Eu quero que ele consiga ler sobre assuntos importantes que mexem com a vida dele de uma forma bem humorada”.
A ideia de transformar as colunas em livro foi da editora Objetiva, e Bernardo acredita que “Mil dias de tormenta” pode ajudar o leitor nas eleições. “Espero que ajude as pessoas que querem entender a confusão que o Brasil tem passado nos últimos anos e, quem sabe, ajude um pouco quem está querendo estar mais bem informado”.
Bernardo Mello Franco assina exemplar de “Mil dias de tormenta”
Amigos, colegas e admiradores marcaram presença no lançamento. Uma destas pessoas foi o deputado federal e candidato a senador Chico Alencar (PSOL – RJ). O congressista tem grandes expectativas em relação ao livro. “Espero o que sempre recebo das colunas do Bernardo: uma análise crítica, inteligente e independente. Um ponto de vista diferente do usual da grande mídia”.
O deputado diz que o interesse se torna ainda maior por ter vivido alguns momentos na Câmara. “Como eu participei desses mil dias como parlamentar, é óbvio que o livro vai me interessar muito”. Chico é graduado em História pela Universidade Federal Fluminense. Para ele, há muita diferença em viver os fatos históricos do que estudá-los. “Assim como no Brasil eu vivo a história da resistência contra a ditadura, das Diretas Já e escrevi sobre isso, história vivida, história contemporânea, imediata, aqui eu vou encontrar também, dessa época mais recente. Deve ser uma leitura deliciosa”, confidenciou.
Por Vinicius Heck com colaboração de Lorena Cabral
Sob supervisão de Luiz Claudio Ferreira
