Ex-presidente do STF diz que governo não é convincente sobre reformas

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O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, criticou, nesta quarta-feira (3) a postura do governo em relação às reformas trabalhista e previdenciária, em discussão no Congresso Nacional. O ex-ministro esteve no 9º Fórum de Liberdade de Imprensa e Democracia, da Revista Imprensa, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília. “É preciso que o governo, se a verdadeira intenção é encurtar as distâncias sociais, que fale com mais clareza e que seja mais convincente quanto a esse propósito”, defendeu em entrevista à Agência de Notícias UniCEUB. Confira vídeo abaixo.

Para o magistrado, aliás, o grau de amadurecimento institucional de um povo se mede pelo grau de respeito à Constituição.  “A nossa Constituição manda encurtar as distâncias sociais (…). Então eu vejo com preocupação toda política pública, toda política oficial que não prime por essa constante redução de distâncias sociais”.

Otimismo

No mesmo evento, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu as reformas que têm gerado polêmica no país e que motivaram paralisações no último dia 28. Para ele, o governo tem tentado levar informações corretas para a população. Para o ministro, se não houver reforma, situação fica “insustentável”. “No Brasil ainda temos tempo, porque nós temos acesso à informação e estamos repartindo informação com a sociedade e a imprensa está cumprindo seu papel de questionar e fazer análise independente para que dê segurança a todos”.

Para o ministro da Fazenda, o conceito de que as reformas prejudicam os mais pobre é uma “falácia”. É muito importante essa discussão, porque as pessoas de menor renda passam muito tempo trabalhando no mercado informal”. A instabilidade de registro é uma alegação para as alterações na legislação. “As pessoas têm períodos com carteira de trabalho assinada e outros períodos sem. Portanto, os mais pobres tendem a se aposentar por idade. Os 20% de menor renda se aposentam por idade, os de renda mais elevada, esses sim, se aposentam por tempo de trabalho”.

Por Karina Berardo e Márcia Torres

Sob supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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