O olhar pidão do cachorro enquanto você está se deliciando com o ovo de Páscoa não deve ser motivo para dividir a guloseima com o animal.
De acordo com a veterinária Bianca Lemos, de 30 anos, o chocolate faz mal porque ele tem algumas substâncias tóxicas para os pets. “As principais são a teobromina e a cafeína. Que aumentam o ritmo cardíaco, podem causar diarreia, vômito, náusea, convulsões, tremor muscular e até mesmo o óbito”.
Segundo a especialista, esse alimento contém componentes prejudiciais para os bichinhos que, se não tratados, podem levar à morte.
Informações
A veterinária diz que com a era da internet diminuiu muito a desinformação em relação aos alimentos que os pets podem ou não consumir. Contudo, a informação não solucionou esse problema.
Os números de casos aumentam durante a Páscoa por conta do armazenamento inadequado e da negligência dos tutores.
“Na Páscoa é mais comum porque tem mais chocolates perdidos pela casa, é mais fácil por isso. E são poucos os casos em que o tutor oferece chocolate para os cães. Mas é comum a pessoa ganhar uma caixa de chocolate, deixar em cima da mesa, o cachorro subir e comê-los. Então isso é muito comum”, ressaltou a veterinária.
Os sintomas variam de acordo com o porte do animal e do tipo de chocolate consumido. Alimentos com mais concentração de cacau são mais nocivos para os pets. Ainda que contenham leite, castanhas ou cacau em menor quantidade, continuam sendo perigosos. Uma vez que a teobromina e a cafeína estão presentes na composição.
A intoxicação em gatos é menor por conta da seletividade alimentar que os felinos têm. Contudo, não dispensa os cuidados que devem ser tomados. Chocolate, cebola, uva, macadâmia e frutas cítricas são alimentos que devem ser evitados tanto para cachorros como para gatos.
Como evitar?
A melhor forma de evitar o consumo indevido desses alimentos tóxicos é guardá-los fora do alcance dos pets e não oferecê-los de forma alguma. Em caso de gestão acidental, a profissional recomenda que o melhor a se fazer é correr para o veterinário. “Na clínica, há mais facilidade de acompanhar alguns sinais. Avaliar melhor o paciente, deixar em observação e internação se for necessário”
Caso sinta dó dos bichinhos, há opções no mercado de ovos de páscoa próprios para os pets.
Por Davi Moisés e Laura Cunha.
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira
