Caso o diagnóstico do câncer de colo de útero ocorra em estágio inicial, a chance de cura é bastante elevada, segundo informa o médico oncologista José Lucas Pereira, do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). “No estágio inicial, a chance é de praticamente 100% de cura. Se é estágio 1, passa para 90%”, diz.

No Brasil, cinco em cada 100 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo do útero. Há indícios que, de 2023 até o final de 2025 serão 17 mil novos casos.

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O câncer de colo do útero tem como principal agente o vírus do HPV, que é transmitido principalmente por relações sexuais, seja por contato com a pele ou com a mucosa infectada.
Muitos diagnósticos ocorrem de forma tardia pois a doença, no estágio inicial, é assintomática, e quando os sintomas começam a surgir muitas mulheres os confundem com sintomas de outras enfermidades.
Estágios e sintomas
Em seu estágio inicial, o câncer de colo do útero possui algumas lesões pré-malignas que podem ser detectadas durante o exame de prevenção.
No estágio 1, o câncer fica bem localizado no colo do útero e o melhor tratamento e a realização da cirurgia. Durante os estágios 2 e 3, já ocorre a disseminação para órgãos próximos ou linfonodos.
Já no quarto e último estágio é quando ocorre a metástase para outros órgãos. Nesse caso, o tratamento tem um enfoque maior em melhorar ao máximo a qualidade de vida da paciente.
Com a progressão do tumor, alguns indícios que podem surgir são um sangramento vaginal anormal, dor pélvica, dor durante a relação sexual e corrimento com odor fétido.
Esses sintomas são frequentemente confundidos com cólicas menstruais ou infecções, levando as pacientes a se auto medicarem em casa ou irem no pronto socorro e tratar como uma infecção.
Tratamento e cura
O tratamento mais indicado, principalmente no estágio um, é a cirurgia. Em casos mais avançados, além da cirurgia é recomendado a radioterapia, a quimioterapia ou a imunoterapia, seja em casos isolados ou combinados.
Agora, quando você vai para um estágio dois e três fica em torno de sessenta por cento. Até o estágio quatro pode ter alguns casos que a gente fala anedótico, onde pouquíssimos vão curar. Mas curam.”.
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Prevenção
O câncer de colo do útero é mais recorrente em mulheres jovens e por isso a vacina contra o HPV é recomendada para crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos.
Outro exame de prevenção é o papanicolau que o Estado orienta para mulheres entre 25 a 64 anos, porém, muitos médicos aconselham que as mulheres façam já no começo da sua vida sexual.
Impacto na fertilidade
O câncer de colo do útero pode impactar significativamente a fertilidade da mulher, principalmente devido aos tratamentos necessários.
A radioterapia e a quimioterapia podem danificar os ovários, reduzindo a produção de óvulos ou induzindo a menopausa precoce.
Além disso, a combinação desses tratamentos pode aumentar o risco de complicações na gravidez, caso a mulher consiga engravidar após o tratamento.
Informações e suporte
Para obter mais informações pode-se acessar o site da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica ou na área que fala sobre o câncer de colo do útero no site do Ministério da saúde.
O médico ratifica a necessidade de as mulheres procurarem as unidades básicas de saúde para se informarem e fazerem os devidos procedimentos de prevenção.
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Por Maria Eduarda Barros dos Santos
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira