Comidas gordurosas e doces são verdadeiras tentações nas vitrines. Só que além de vários problemas que elas podem causar, são também responsáveis pelo aumento de colesterol, que em excesso aumenta o risco de doenças cardiovasculares levando à morte.Para intensificar os riscos e as informações sobre o problema, especialistas divulgam o oito de agosto como o Dia Nacional de Combate ao Colesterol.
A presidente da Associação de Nutricionistas do Distrito Federal (ANDF), Simone Rocha, disse que o colesterol é importante para a formação de hormônios e de neurotransmissores no organismo, mas em excesso, com uma alimentação não balanceada e sem exercícios físicos pode ser prejudicial à saúde. “É importante falar que não existe um mau colesterol, uma má gordura. O que existe é um consumo errado”.
De acordo com uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) realizada em 2011, as doenças cardiovasculares são as mais fatais, sendo responsáveis por 17 milhões de mortes em todo mundo a cada ano.
O empresário Pedro Wagner Mota, de 69 anos, descobriu que tem colesterol alto há 10 anos e desde então evita excesso. Ele descobriu depois de passar por um sangramento nasal que não parava. Ao chegar ao hospital, a pressão estava 18/16 – nível altíssimo, sendo o ideal 12/8 – e com os exames ficou confirmado que além da pressão, também, tem colesterol alto.

Após o susto, o empresário mudou sua rotina alimentar e que após descobrir a doença nunca mais passou mal pelo excesso. Ele disse que quase não come mais fritura e gordura, porém a família – de quatro filhas – sempre faz um churrasco e Mota não consegue resistir a uma “lasquinha da picanha”.
“Eu tenho feito uma certa dieta alimentar e tá mantendo agora, mas precisa cuidado se eu facilitar um pouquinho. Sempre tá um pouco elevado, mas não tá muito assustadoramente como estava naquela época”.
A nutricionista avisou que é fundamental comer fibras, como os cereais, os farelos de trigo de arroz e comer frutas com casca e beber água para controlar o excesso de colesterol e deve dar preferência às carnes brancas e magras.
Luciana Rocha informou que há dois tipos de fibras: solúvel e insolúvel. O primeiro tipo vira um gel e ajuda a tirar o excesso de colesterol, são aveia, semente de linhaça, semente de chia. Já as insolúveis, também servem para retirar o colesterol excedente do organismo e, segundo a nutricionista, agem como uma esponja. Essas fibras são os farelos, como o de arroz, de trigo. Ela ressaltou o consumo de água para auxílio do intestino. “Quanto mais fibra comer, mais água tem de beber”.
Os alimentos que apresentam o maior risco de aumentar a taxa de colesterol são aqueles que são preparados com muita gordura. “Carne gorda, fritura, fast-food, que esses alimentos são fontes de gorduras saturadas e aumentam o colesterol”, afirmou a nutricionista. O ideal é dar preferência a lacticínios e derivados de leite desnatados.
Simone Rocha ressaltou que há um preconceito em relação ao ovo causado pela grande quantidade de colesterol na gema. Mas, segundo a nutricionista, a gordura do ovo tem um antioxidante que previne esse fator, o que permite o consumo moderado. Ela reforçou a importância de uma alimentação balanceada, equilibrada e sem exageros.
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Por Jade Abreu – Agência de Notícias UniCeub