De janeiro a setembro de 2022, a Secretaria de Saúde do DF registrou 22 mortes por arritmia cardíaca.
A doença pode ser desencadeada por diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo, obesidade e sedentarismo. A enfermidade pode acometer pessoas que possuem histórico familiar.
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A nutróloga Paula Cavallaro assegura que a prevenção começa por hábitos bons, comportamentos saudáveis e uma alimentação com equilíbrio.
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A cardiologista Danielle Dragalzew afirma que a alimentação pode influenciar nos batimentos do coração. Alimentos como bebidas energéticas ou alcoólicas, açúcar em excesso e estimulantes com muita cafeína podem ser perigosas para eventual arritmia.
Essa patologia pode culminar até mesmo nos mais jovens, como é o caso de Wevlaney Matheus Soares de 26 anos.
Ele recebeu o diagnóstico em 2022 e procurou o médico após sentir por várias vezes fortes palpitações no peito. Inclusive, tinha fortes dores até mesmo sem fazer nem um esforço físico.
O jovem afirma que, durante as crises, sentia o coração acelerado e formigamento nas mãos.
“Meu coração acelerava e parava de uma vez, eu sentia que eu ia infartar. Algumas crises que tive meu corpo dava um apagão em questão de dois, três segundos, mas eu não chegava a cair, nem desmaiar, sentia o apagão e logo voltava ao normal”, diz Wevlaney.
Sintomas da arritmia
Os sintomas apresentados podem ser palpitações no peito ,coração acelerado, tontura, falta de ar, desmaio, dor no peito e fraqueza.
Foram esses sintomas apresentados pela cardiologista Danielle Dragalzew. Assim aconteceu com Margarido Corrêa, de 62 anos, servidor público aposentado. Ele alega que, durante uma das crises que passou em 2008, sentia cansaço e muita fadiga.
“Como se estivesse feito uma corrida fora de minhas condições. Depois que passou fiquei com bastante dor no peito esquerdo”.
Segundo os médicos, Margarido Corrêa provavelmente já nasceu com a doença. Ele relata que mantêm hábitos saudáveis não apenas por conta da doença, mas também por conta da qualidade de vida.
O aposentado pratica natação há 25 anos. Ele diz que sempre procurou ter uma alimentação saudável, além de nunca ter fumado na vida.
“Quando está normal a gente nem lembra que o coração está batendo. Ele muda a velocidade (batimentos) repentinamente, começa com uns batimentos aceitáveis e vai quase ao limite, geralmente mais de 120 batidas por minuto. Isso deixa a gente cansado e com uma certa dor no peito”.
Cuidados
A cardiologista Danielle Dragalzew aponta que, após sentir alguns dos sintomas, a pessoa deve procurar um médico especializado em cardiologia para que assim ele possa dar o diagnóstico.
Benedito Borges, 71, taxista, relembra a primeira vez que realmente precisou procurar um médico para começar o tratamento.
“Um dia fui ajudar uma cliente a subir uns galões de água, depois de terminar a moça me agradeceu mas eu já não consegui responder por conta do meu coração que acelerou muito, foi aí que eu precisei me consultar com um médico”.
A nutróloga Paula Cavallaro afirma que além dos cuidados com a alimentação é de suma importância ter cautela com o estresse.
“54% dos pacientes com fibrilação atrial intermitente relatam a ansiedade e o estresse como o principal fator desencadeador do problema? Por isso, durma bem e teste estratégias que o ajudem a lidar com o estresse como ioga, terapia, música”.
Benedito Borges afirma que depois do diagnóstico passou a tomar cuidados que antes não tinha, como dormir bem, não tomar refrigerantes e não comer comidas difíceis de serem digeridas.
Por Maria Rebeca e Nathália Maciel
Foto: PX Here / Domínio Público
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira