Sete meses após a resolução publicada pelo Conselho Federal de Enfermagem (nº 634/2020), profissionais da área entendem que a medida possibilitou avanços para o atendimento durante a pandemia de covid-19.
Para a enfermeira Karla Roberta Mendonça de Melo, o trabalho permite resguardar, armazenar e preservar a interação entre o enfermeiro e o paciente, sem correr riscos. ”Todos estão vencendo a pandemia porque estão trabalhando juntos. Esta ferramenta é um sistema fantástico que consegue, primeiro reduzir o custo para o paciente, uma vez que a consulta tem valor mais acessível que a consulta física, além de ser mais ágil.”
A profissional explica que o paciente não pode ser atendido sem que haja um formulário específico. Nas teleconsultas, é obrigatório a identificação do enfermeiro e da clínica juntamente com o consentimento de seu paciente e seus dados, para obter todos os registros necessários.
Segundo a enfermeira, ainda há pessoas que ainda preferem a antiga consulta, assim como era normalizado até o início de março deste ano, “o antigo normal’’. No histórico do prontuário, o enfermeiro precisa colocar informações mais detalhadas do paciente.
Confira abaixo conversa com a profissional mediada pela Julliane Messias Cordeiro Sampaio.
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A professora Julliane Messias Cordeiro Sampaio atua em projeto de extensão que viabiliza a aprendizagem dessa área por parte dos alunos, inclusive por ligação por whatsapp com a supervisão de professores.
O aluno e professor fazem a publicação de um prontuário eletrônico com as informações obrigatórias que recolheu do paciente. A docente explica que teleconsulta dura em torno de uma hora para dar tempo de receber as informações necessárias.
“É muito importante a comunicação entre o paciente e o profissional através de ligações por chamadas de vídeo e principalmente por áudios, pois há uma facilidade e compreensão maior do que por mensagens escritas, por exemplo”.
Nesses atendimentos, o enfermeiro deve observar o linguajar do paciente, a postura, o comportamento, que são importantes para também serem descritas no prontuário. De acordo com Karla Melo, o horário é um fator limitador. “A teleconsulta pode ajudar a indicar o paciente de que precise de mais especialidades, dependendo da gravidade da doença”. No projeto de extensão, o objetivo é a prevenção das doenças cardiovasculares e cerebrovasculares entre os usuários.
Por Paloma Cristina
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira