Saúde mental: universitários atuam como voluntários em 5 CAPS e atendem mais de 500 pessoas por semestre

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Quatro professores e 60 alunos extensionistas são responsáveis e voluntários em um projeto universitário que é responsável por atender mais de 500 pessoas com transtornos mentais a cada semestre.  O trabalho acontece em parceria em cinco unidades do Centro de Assistência Psicossocial (CAPS, em Sobradinho, Asa Norte, Paranoá, Taguatinga Norte e Samambaia). Trata-se do Projeto Interdisciplinar de Saúde Mental (PRISME), do Centro Universitário de Brasília (Uniceub), que completou 15 anos em 2019. 

Além das unidades dos CAPS, o projeto também atua junto com a ONG Inverso na Asa Norte. Seu foco é no curso de psicologia, mas trabalha em conjunto com os cursos de enfermagem, medicina, educação física e direito. As atividades consistem em “Tenda Jurídica”, onde os alunos de direito ficam responsáveis pelas questões judiciais do direito ao cidadão; “Tenda Familiar”, na qual os alunos de saúde (menos educação física) acompanham as famílias e pessoas do projeto e “atividades físicas” realizadas pelos alunos do curso de mesmo nome. O projeto busca mais voluntários para expandir o atendimento.  

Segundo o professor de enfermagem Roberto Albuquerque, a visibilidade do projeto vem crescendo. “Na edição deste ano, tiveram muitos voluntários a mais do que o projeto era capaz de atender”. Os responsáveis pela iniciativa creem que é fundamental, para participar do projeto, a “Escuta Qualificada”. Eles entendem que “ouvir é diferente de compreender”. “Enfatizamos o que as pessoas tem, não o que lhes falta”, afirmou a professora de direito Luciane Musse em palestra na instituição. 

O projeto trabalha somente com pessoas com transtornos mentais sem relações com dependência química. Esses pacientes são tratados nas unidades de CAPS AD (Álcool e drogas). 

Segundo a professora Tânia Inessa, de psicologia, no DF há 19 unidades da Caps e são necessárias 39. Os únicos lugares de internação são o Hospital São Vicente de Paulo (Taguatinga) e, somente em casos de intercorrência clínica – outras questões de saúde além do transtorno mental – , o Hospital de Base. Também são necessários no DF os chamados RAPS (Redes de Atenção Psicossocial), as quais incluem assistências terapêuticas.  

Por Gabriela Gallo

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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