Fazer parte da política nunca foi uma tarefa fácil para as mulheres do Brasil. Foram anos e anos de luta para que as elas conquistassem o direito de votar e se candidatar e, assim, pudessem se integrar ao sistema eleitoral brasileiro, que sempre foi feito e controlado por homens.
Mas mesmo nos tempos atuais, em que a mulher já tem seus direitos assegurados, ainda é possível notar uma grande diferença na forma em que os homens são tratados dentro do parlamento.
Um dos dados mais chamativos existentes sobre as mulheres no Brasil, é que apenas 10% das cadeiras no parlamento são representadas pelo sexo feminino. Isso significa que das 513 cadeiras existentes, apenas 51 são ocupadas por mulheres. Esse dado deixa o Brasil no penúltimo lugar do ranking da américa-latina de países que contam com a participação feminina em seu parlamento, ficando apenas atrás do Haiti.
A reforma política é um dos pontos que talvez possa melhorar a relação existente entre os homens e as mulheres dentro da política. A professora mestra em ciência política Raquel Boing Marinucci explicou que “o Brasil já tem tentando, a partir de políticas de cotas, melhorar esse quantitativo”. Ela disse que as mulheres constituem mais da metade da população brasileira, mas não é essa a realidade que se enxerga dentro do Congresso.
No Brasil, as cotas de gênero são definidas de três maneiras diferentes. Primeiramente, é determinado que 30% das vagas de candidaturas sejam preenchidas por gêneros diferentes. Depois, há uma determinação de aplicação de 5% do Fundo Partidário em ações de capacitação de mulheres. E, por último, espera-se a utilização de 10% do tempo de propaganda partidária em TV e rádio para promover e difundir a participação das mulheres na política.
Entenda o que é reforma política:
Clique na imagem e confira alguns fatos importantes que aconteceram na história política das mulheres:
Por Bruna Goularte e Regina Arruda. Arte da linha do tempo por Laylla Neponuceno