O tabu em relação à menstruação, em diferentes culturas, se transformou em tema para que a jornalista Nathalia Kuhl produzisse um documentário com o título instigante de Esconda-se, produzido durante a pandemia
O trabalho traz uma diversidade de figuras femininas que estão inseridas, por exemplo, na política e na religião para falar sobre menstruação.
Assista abaixo ao trabalho
Como disse Nathalia, em entrevista, algumas meninas chegam a faltar à escola por conta dessa questão. “É muito triste a gente pensar que essas meninas deixam de estudar por conta que não têm recursos básicos necessários” concluiu.
Uma inspiração de Nathalia para o filme Esconda-se, que foi feito no ano passado para conclusão de curso de jornalismo no UniCEUB, surgiu também após ter conhecimento do projeto de lei nº 428 de 2020, que dispõe sobre a distribuição de absorventes higiênicos em espaços públicos, da deputada federal Tabata Amaral (PDT), que inclusive, foi entrevistada para o documentário.
A parlamentar sempre se mostrou engajada e foi uma das pioneiras a debater sobre o tabu da menstruação e pobreza menstrual. “Eu até então nunca tinha escutado este termo (pobreza menstrual)… e a partir disso fiquei fascinada no assunto” afirma a jornalista.
O Brasil começou a dar pequenos passos para a diminuição dessa questão, algumas parlamentares, como a Tabata Amaral; começaram a protocolar, projetos de leis que buscam soluções para esta questão. No Distrito Federal, por exemplo, existe o PL nº 4.968 de 2019, da deputada federal Marília Arraes (PT), que prevê a criação do Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos (PFAH) nas escolas públicas de ensino fundamental e médio. São passos muito importantes para essas adolescentes e mulheres.
Confira projetos de lei a respeito do tema:
Por Adna Fernandes
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira