Mãe, empresária e “revolucionária”. A empreendedora Ágda Oliver, de 44 anos, criou a oficina “Meu Mecânico”, no ano de 2010. Trata-se de um estabelecimento localizado em Ceilândia e voltado para o público feminino.

Trauma
A história de Agda começou na cidade de Arinos (MG).
Aos 20 anos, ela se mudou para Ceilândia (DF), onde vive até hoje. Enquanto trabalhava como bancária, comprou seu primeiro carro e precisou fazer alguns ajustes mecânicos, mas relatou ter sido enganada pelos trabalhadores da oficina.
Com isso, surgiu o interesse de estudar sobre mecânica para evitar que situações como essa acontecessem novamente. Ela conta que os cursos que fez eram dominados por homens, mas foi ganhando seu espaço e respeito com o tempo.
Chegou a cursar uma faculdade de gestão empresarial, um curso técnico em mecânica e três pós-graduações: marketing, vendas e inteligência e contrainteligência.
A oficina
Por meio de suas pesquisas, Agda percebeu que o problema que teve na oficina acontecia frequentemente com outras mulheres e esse foi o incentivo para que ela tivesse uma ideia inovadora: uma oficina voltada para o público feminino.
O objetivo principal da empreendedora é, segundo garante, gerar mais conforto para mulheres que precisam resolver problemas em seus carros.
Ela conta que no início foi um período difícil por não encontrar mulheres que também trabalhavam na área, além de perder funcionários homens por não quererem trabalhar em um ambiente dominado por mulheres ou usar uniforme rosa.
Em 2011 e 2012, a oficina foi reconhecida pelo Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) com os prêmios Empreendedor Destaque. Em 2020, foi a primeira brasileira finalista da EMPRETEC, premiação da ONU para empreendedores.
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Por Bruna Teixeira e Winne Corrêa
Fotos: Agência Senai/Divulgação
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira