A safra de morangos no Distrito Federal pode alcançar quatro mil toneladas neste ano – em torno de 15 milhões de caixinhas, segundo informou a Emater. Os morangos produzidos na capital federal abastecem a mesa de brasilienses e de brasileiros em quase todo o país. O DF disputa o sexto lugar da produção nacional entre os estados produtores da fruta. Hoje, Brazlândia, cidade a 55 quilômetros de Brasília é responsável por esses números. São, em média, 240 produtores de morango. 35% de produtores agrícolas da cidade são os que distribuem o que se consome no DF.
Por volta do ano 1975, o morango não era comum em Brasília. Naquele ano, famílias japonesas trouxeram a muda de Atibaia (SP). Era novidade, algo caro e vendido para famílias com poder aquisitivo maior.
O agricultor Fabio Harada faz parte das famílias que trouxeram essa novidade. “Com o decorrer do tempo, a produção foi se diversificando e aumentando o número de famílias que produziam a fruta, e hoje é a cidade que mais produz morangos no Centro-Oeste. Com isso, o preço caiu devido a grande produtividade”, disse o produtor.

Com a grande proporção de produtores de morango e a qualidade do produto, surgiu a ideia de realizar a festa do morango (que encerrou a última edição no domingo, dia 11). “A festa do morango para os produtores tem uma importância muito grande, não só como a divulgação da festa, mas como políticas agrícolas que queremos que o governo implemente, uma forma de reconhecimento. A festa não é importante somente para os produtores, movimenta a economia local”, conta o produtor Fabio Harada.
A produtora de morango Vanilda Clebia ficou satisfeita com o resultado da festa. “Superei minhas expectativas, achei que não fosse ter tanta gente com essa crise. Mas tinha muitos produtos para vender e muita gente para comprar”, afirma.
A festa teve a exposição agrícola, onde estavam expostos diversos produtos da produção local, que são premiados os itens mais bonitos. Pela primeira vez na festa, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer plantações e colher o próprio morango.
Por Milena Oliveira