Visitamos a Floresta Nacional de Brasília (Flona), com o objetivo de conhecer melhor o ambiente e tivemos uma experiência agradável. Ao chegar ao local, um funcionário nos instruiu sobre as trilhas e optamos pela menor (6 km).
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O lugar fica em Taguatinga Norte, em uma área de nove mil hectares em espaço protegido. Garante a sobrevivência das nascentes que irrigam a represa do Descoberto.
A Flona apresenta uma série de atividades, como as trilhas Jatobá (6 km) e Pequi (12 km), sinalizadas durante todo o caminho, e União, que interliga a reserva com outros parques do DF. Além disso, conta com circuitos de mountain bike, com trilhas de até 44 km.
Mais informações sobre a Floresta aqui:
Durante a caminhada, as características marcantes da preservação do Cerrado eram evidentes, como o contraste dos cenários ao longo do caminho, visto que o bioma, em razão de sua extensão, não possui um aspecto único. Sendo assim, foi possível avistar diversos tipos de vegetação, desde gramíneas até árvores mais altas.
Orientação de percurso
Conforme o percurso, nos orientamos a partir da sinalização feita por placas com cores específicas, uma para cada trilha, e pelo aplicativo disponível em um QR Code, próximo a entrada. O caminho conta tanto com espaços mais estreitos de mata fechada, quanto com a mata aberta e caminhos mais largos.
O local, que permanece funcionando durante a pandemia, possui uma área extensa, o que permite um contato mínimo com outros visitantes. Mesmo assim, foi possível avistar brevemente grupos de caminhada e ciclistas.
Umidade
Os solos avermelhados e clima seco nessa época do ano puderam ser notados ao nos aproximarmos de uma nascente, localizada no fim da trilha. Já que a umidade presente nessa parte do caminho acaba causando uma sensação de alívio. Em um contexto geral, a floresta se apresenta bem preservada, sem obstáculos durante a caminhada e segura. Além disso, placas informativas ajudaram no entendimento do que seria encontrado, identificando espécies da flora. O lema da reserva é:” Conhecer para preservar”
Conscientização
“Sempre gostei do contato com a natureza”. A engenheira ambiental Jhessica Ribeiro Cardoso é uma das frequentadoras do lugar. Para ela, esse contato é mais do que uma prática profissional e tem buscado as trilhas en áreas ecológicas do Distrito Federal. Ela recomenda a visita à Floresta Nacional de Brasília (Flona), ao Taguaparque e ao Parque Ecológico Jequitibás, todos com acesso gratuito.
Ela entende que é perceptível a diferença na paisagem durante as estações do ano e que, em sua visão, parques ecológicos com um acesso mais difícil costumam ser mais preservados. A servidora pública nota que a conscientização no DF vem crescendo ao longo dos anos.
“Geralmente as pessoas que frequentam para fazer atividade ao ar livre cuidam, querem preservar. Lugares que tem um atrativo de grande porte tendem a ser menos cuidados “
Ela reconhece que, na região, existem parques com finalidades específicas, alguns com maior objetivo de pesquisa e outros mais recreativos, voltados para o lazer.
Risco para o Cerrado
O Cerrado é o segundo maior bioma sul-americano, sua área engloba principalmente a região Centro-Oeste, incluindo todo o Distrito Federal. O espaço territorial, também conhecido como “savana brasileira”, a mais rica do mundo, possui um grande potencial aquífero e uma vasta biodiversidade. As espécies endêmicas são diversas e têm enorme importância social, visto que seus recursos amparam muitas populações tradicionais.
O bioma não possui uma fitofisionomia única, abriga solos, relevos e climas variados. A predominância climática é a tropical sazonal, que intercala invernos secos com verões chuvosos.
Confira aqui quais são as unidades de conservação do DF:
Por Maria Eduarda Bacellar, Maria Paula Meira e Maria Tereza Castro
Imagens por Maria Eduarda Bacellar
