O pesquisador brasileiro Carlos Potiara Castro (na foto ao lado, o segundo da direita para a esquerda) apresentou na 21ª Conferência das Partes da Convenção sobre Mudanças do Clima (COP-21), em Paris, um projeto para minimizar as vulnerabilidades sociais no arquipélago de Bailique, no Amapá. Nas oito ilhas, que somam 1,7 mil quilômetros quadrados, com 52 localidades e 10 mil pessoas, o desafio é criar um protocolo comunitário para proporcionar sustentabilidade econômica e ambiental para esses brasileiros que vivem principalmente do açaí e da pesca.
Potiara explicou na conferência que uma característica do arquipélago de Bailique é que seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é 40% menor que a média do estado do Amapá, justificando a ação desenvolvida naquela região. “O projeto, que está sendo implementado pelo Grupo de Trabalho Amazônico, já produziu vários resultados positivos. Dentre eles o fornecimento de assistência técnica para o manejo dos açaizais e o acesso a políticas públicas que antes eram desconhecidas dos moradores bailiquenses”.
A próxima etapa vai contar com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que deverá construir um Centro de Vocação Tecnológica flutuante para ajudar na industrialização, pelos próprios comunitários, da produção dos açaizais da região. “O evento serviu como uma vitrine para organizações da sociedade civil que desejam apresentar as ações que desenvolvem. E neste caso, o projeto do Bailique trouxe para Paris um exemplo do vigor do movimento socioambiental brasileiro”, afirmou.
Imagem: Matt Wright / Divulgação
