Perto de completar dois anos do maior desastre ambiental da história do Brasil, o rompimento da barragem de Mariana (MG), os efeitos ainda podem ser observados em diferentes pontos do rastro de destruição que a onda de dejetos provocou. As consequências são imensuráveis ainda para fauna e flora.
O perito criminal federal Rodrigo Mayrink foi um dos responsáveis pela coleta de provas daquele crime. Segundo ele, o prejuízo foi muito mais do que o que foi passado pela fotos veiculadas na mídia. “A mídia mostrou muitas imagens impactantes sobre o desastre, só que as dimensões, a exemplo do povoado de bento rodrigues, é um povoado rural onde moravam 600 pessoas e a área devastada foi muito maior do que o próprio povoado”, disse. Para ele, a situação dos lares foi o mais impactante.
“Quando você chega na casa da pessoa e vê brinquedos, vê utensílios domésticos, vê fotos de família, jogados kms e kms a fio, esse contraste entre a proximidade daquela realidade das pessoas que estavam ali e toda a dimensão da tragédia que precisa ser vista de longe para que caiba em uma imagem midiática, é um choque”, lembrou.