Especialistas buscam estratégias para combater o risco de extinção de corais em grande parte da costa brasileira. De acordo com a ambientalista Roberta Aguiar, coordenadora do Centro Especializado do Instituto Chico Mendes (Cepsul), apesar de todo o ambiente coralíneo sofrer impactos desde a colonização, as mudanças climáticas atuais se tornam um agravante.
Por ser base da cadeia alimentar de vários animais, a extinção dos corais traria prejuízos para todo o ecossistema. Para Roberta, é necessário tempo para que as áreas possam ser recuperadas e para a preservação de ambientes saudáveis. “Todos juntos tempos que fazer alguma coisa. Tudo é um balanço: do quanto a gente realmente pode conservar e até onde a gente pode usar de uma maneira que nem tudo se perca”, completou.
Apesar dos impactos atingirem todo o litoral brasileiro, as principais áreas coralíneas costeiras mais impactadas são aquelas próximas a grandes centros urbanos, como Recife. De acordo com a ambientalista, isso é resultado de uma série de fatores como o pisoteio, a questão da qualidade da água, pesca e construções na cidade. “As áreas muito impactadas, aquelas que têm associações com grandes cidades, são mais críticas para serem recuperadas. A nossa preocupação é daquelas áreas que ainda conseguimos preservar”, explicou.
Ainda de acordo com Roberta, o plano de ação, previsto para outubro, têm que contar com o apoio de toda a sociedade. Além dos corais, outras espécies também devem ser beneficiadas.
Por Deborah Fortuna