Horta comunitária no Guará promove educação ambiental na comunidade

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Um terreno baldio que se transforma em folhas e frutos. Um espaço principalmente de hortaliças, como alho-poró, couve, rúcula, mandioca, salsa e couve-flor. A transformação (do deserto em oásis) ocorreu na QE 38, da região administrativa do Guará. 

Uma horta comunitária, que é resultado de uma iniciativa de um instituto chamado Arapoti tem como objetivo ensinar a população sobre educação ambiental por meio do plantio em comunidade. Outra meta é oferecer alimentos para as famílias que moram perto da horta.

O espaço tem 2,5 mil metros quadrados e o que se planta ali se transforma em cestas com alimentos doados para a comunidade a cada 15 dias. São 30 a 40 cestas “fartas” doadas por encontro, o que soma 1 mil cestas por reunião. Não é necessário cadastro para receber os alimentos. O projeto existe há cinco anos. 

A ideia de realizar a horta comunitária do Guará é da engenheira ambiental Dai Ribeiro, de 41 anos, presidente do instituto Arapoti. Em 2017, ela e mais um grupo de conhecidos solicitaram a permissão da administração do Guará para transformar o terreno atrás do posto de saúde da quadra em espaço ecológico e sustentável. Esse grupo limpou o espaço e construiu a estrutura da horta.

Hoje, quem se responsabiliza pelos cuidados da horta são voluntários e os próprios moradores da região. Crianças, adultos e idosos realizam as funções de plantio e irrigação no dia-a-dia, e assim podem retirar, de forma igualitária, o que é produzido. Quinzenalmente acontecem os encontros comunitários onde os voluntários se revezam para praticar as atividades de plantio, limpeza dos canteiros, colheita e divisão das hortaliças. Para fazer parte da iniciativa, basta chegar e falar com os voluntários.

“Além de colaborar com alimentação, o espaço serve para discussões e reflexões entre diversos pontos de vista e até resgate nostálgico dos mais velhos. Outro benefício é  o sentido terapêutico com a vivência na horta quando voluntários dialogam durante as atividades”, afirma Ana Maria Oliveira, uma das líderes responsáveis pela horta. 

Abelhas

Ela acredita que a oferta de cursos que a horta também promove, como a oficina sobre criação de abelhas sem ferrão, ajuda no processo de socialização da comunidade por meio da educação ambiental. Entre outras iniciativas a horta tem ações de compostagem, coleta seletiva de resíduos (Ecograna) e captação de água da chuva.

Com o apoio dos voluntários, a horta pode evoluir em questão de infraestrutura. A Horta Comunitária inaugurou em setembro de 2022 o sistema de irrigação por aspersão em substituição ao anterior feito manualmente. O novo sistema composto por aspersores de alta pressão simula uma chuva artificial que cai sobre as plantas num raio de até 14 metros de distância possibilitando a estabilidade hídrica de toda a horta. 

Por Vinícius Pinelli
Imagens: Divulgação / Instituto Arapoti
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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