Investigação de acidente em MS não vai demorar

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“Não deve ser muito complexo de investigar, está tudo ali. Os pilotos e passageiros estão vivos, o avião está praticamente inteiro, não houve fogo. Os indícios foram todos preservados”, explicou o chefe da assessoria de imprensa da FAB, Coronel Adolfo Aleixo, a respeito das investigações do pouso forçado da aeronave que transportava o casal de apresentadores Luciano Huck e Angélica, além de crianças, funcionárias do casal e os pilotos. O caso está sendo acompanhado por militares da Força Aérea e investigado pelo CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

No entanto, o oficial afirmou que não há previsão para o fim das investigações. “Cada investigação tem uma série de análises, cada uma tem um cenário diferente”. O oficial disse que irá levar o tempo necessário para que todos os aspectos sejam investigados com profundidade.

Fases

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Coronel explica que investigação é feita pelo Cenipa. Foto: Victor Augusto

A primeira fase, que é a ação inicial no local do acidente, em Campo Grande, três militares da Força Aérea trabalharam. Além disso, há também um engenheiro da EMBRAER (Empresa Brasileira de Aeronáutica), fabricante da aeronave. “O fabricante manda um técnico para colaborar com as investigações”, afirmou o Coronel.

O Coronel Adolfo relembrou que a imprensa tem o papel importante de trazer os fatos à sociedade, mas diz que, por a investigação ser cuidadosa, a Assessoria não consegue trazer novidades com a frequência que a sociedade e a mídia demanda. “Temos o cuidado de divulgar apenas o que é fato”, assegurou.

A fase seguinte, já em andamento, compreende depoimentos dos pilotos e passageiros, se for o caso, e também a investigação das peças da aeronave

De forma paralela, acontece a a investigação policial, segundo o Coronel, que busca avaliar se há responsabilidades criminais. “A investigação da Aeronáutica é voltada para a prevenção apenas”.

Entenda o caso

Na manhã de domingo (24), uma aeronave de pequeno porte transportava os apresentadores Luciano Huck e Angélica, juntamente com seus três filhos e duas babás.  O avião tinha partido de Estância Caimam, em Miranda.

A tripulação, composta por um piloto e um copiloto, teve de realizar um pouso forçado às 10h52. O avião aterrissou em uma fazenda próxima a Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

 

Incidente x Acidente

O Coronel explica que incialmente as publicações tratam o fato utilizando o termo “ocorrência”, pois o termo certo, se é “incidente” ou “acidente”, a investigação que vai determinar.

“Acidente” faz referência a casos com desfechos graves, como por exemplo, em caso de óbito. Já “incidente” é utilizado em ocasiões em que os danos humanos e materiais são menos graves. “Como nesse primeiro momento nós da Assessoria de Imprensa não sabemos ainda, divulgamos como ocorrência. Aguardamos a investigação definir”, afirmou.

Demanda

A determinação da demanda de militares por ocorrência depende da complexidade da investigação, conta o Coronel. “Se o acidente tem vítimas, com danos maiores a propriedade ou a aeronave, a demanda pode ser ampliada”, explanou.

Após a ação inicial, em que se buscam testemunhas, são tiradas fotos, amostras de combustível e óleo, dentre várias outras ações. “Posteriormente os técnicos se reúnem com o presidente da comissão designado, depois irá ver quantos profissionais a mais vai precisar”, conta o Coronel.

O Coronel Adolfo diz que o número de profissionais vai aumentar nas investigações em relação ao caso da família de Luciano Huck. “Nesse caso, começa com quatro, mas tenho certeza que vai se ampliando de acordo com transcurso da investigação”, afirmou.

Por Daniella Bazzi

Foto do avião: Arquivo Embraer

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