Coronel reclama de falta de mão de obra

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Comandante do parque de manutenção do Exército em Santa Maria (RS)  responsável por fazer conserto de tanques de guerra, o tenente-coronel Alexandre Magno, lamentou, nesta terça-feira (23), que falta mão de obra especializada para área técnica no Brasil. O oficial disse que ainda há um déficit nesse setor. “Não há uma vertente de formação de curso técnico eficiente no país”, alegou o comandante. De acordo com o militar, existem apenas duas unidades do gênero em todo o Brasil. O outro é no Paraná.

 

Curso técnico - pqrmnt 3Segundo o tenente-coronel, o trabalho desenvolvido no parque é importante porque profissionaliza os soldados com os cursos técnicos, como: solda, pintura, mecânica. O objetivo é preparar para que depois de cumprirem o tempo do exército, os trabalhadores possam exercer essas funções. Além disso, o tenente-coronel alegou que, com a especialização nas áreas, o Brasil desenvolve as peças próprias e fica menos dependente da importação.

Os cursos têm parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em que jovens carentes de Santa Maria podem aprender cursos de capacitação. O parque também desenvolve projetos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) com os militares e com a comunidade de Santa Maria.

O coordenador de Educação do Senai, Gilson Dal Osto, disse que os programas são desenvolvidos com os adolescentes a partir de 16 anos. Quando questionado sobre a idade de um dos envolvidos, o coordenador alegou que na realidade podem participar desde os 14.

Ouça aqui trecho da entrevista

Orçamento

Apesar do corte de orçamento das Forças Armadas, o comandante do Parque Regional de Manutenção 3  disse que o setor não tem sofrido diretamente com a crise financeira. De acordo com o oficial, as peças utilizadas no parque são antigas e por isso não houve uma influência direta com os cortes de gastos.

O comandante, contudo, disse que no geral todos são afetados pela crise financeira. De acordo com o tenente-coronel Magno, as peças são usadas para reconstruir os blindados em casos de operação de guerra.

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Por Jade Abreu (texto) e Júlia Campos (fotos) – enviadas especiais a Santa Maria (RS)

* A equipe da Agência de Notícias UniCEUB viajou ao Rio Grande do Sul a convite do Exército.

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