Produzido pela New Line Cinema e Warner Bros. Animation, “O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim” é uma animação épica com duração de aproximadamente 2 horas, dirigida por Kenji Kamiyama. Ambientado 2 séculos antes dos eventos da trilogia original.
O filme mergulha no passado da Terra-média para explorar as origens de uma das estruturas mais icônicas da saga, o Abismo de Helm. Com roteiro de Phoebe Gittins e Arty Papageorgiou, a produção busca capturar a essência do universo de J.R.R. Tolkien, ao mesmo tempo em que apresenta uma nova abordagem visual e narrativa.

Crédito: Imagem de divulgação
A trama centra-se em Helm Hammerhand, o lendário rei de Rohan, e nos eventos que culminaram na construção do icônico Abismo de Helm, um dos cenários mais memoráveis de “As Duas Torres”. O filme narra as dificuldades enfrentadas por Helm para proteger seu povo contra ameaças internas e externas, incluindo traições políticas e batalhas contra inimigos implacáveis.
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Aspectos etéticos e personagens
Visualmente, o longa não decepciona. As paisagens da Terra-média ganham vida com uma combinação impressionante de animação e efeitos visuais. Uma homenagem à estética estabelecida por Peter Jackson na trilogia original. As cenas de batalha são particularmente notáveis, com coreografias detalhadas que capturam a brutalidade e a estratégia dos conflitos.
Um dos grandes triunfos de “A Guerra dos Rohirrim” é sua capacidade de equilibrar momentos de intensa ação com uma exploração profunda da psique de seus personagens. Helm Hammerhand é retratado como um líder heroico, mas imperfeito, cuja humanidade dá à narrativa um peso emocional significativo. A relação com sua filha Héra, que também desempenha um papel crucial na história, adiciona uma dimensão mais intimista ao filme.
Outro ponto de destaque é a trilha sonora. A qual consegue evocar o espírito das composições icônicas de Howard Shore, enquanto apresenta novos temas que se integram organicamente à narrativa. A música amplifica tanto os momentos de tensão quanto os de triunfo, contribuindo para a imersão total do espectador.

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Pontos fracos
No entanto, o filme não está isento de críticas. Alguns podem argumentar que certos elementos da narrativa foram simplificados para se adequar à estrutura cinematográfica, deixando de lado nuances que poderiam enriquecer ainda mais a trama. Além disso, espectadores menos familiarizados com o universo de Tolkien podem achar difícil acompanhar certos detalhes, dado o grande volume de informações históricas introduzidas.
No geral, “O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim” é um complemento digno ao legado de “O Senhor dos Anéis”. Ele não apenas expande a mitologia da Terra-média, mas também presta uma bela homenagem aos temas de coragem, sacrifício e liderança que tornaram a obra de Tolkien tão amada. Para fãs da saga, o filme é uma viagem nostálgica e emocionante; para novos espectadores, é uma introdução fascinante a um dos mundos mais cativantes da fantasia.
Por Ana Beatriz Cabral Cavalcante*
* A repórter assistiu à pré-estreia do filme a convite da Espaço/Z
Fotos e trailer: Divulgação
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira