Na 97ª cerimônia do Oscar, realizada na noite deste domingo (2), “Ainda Estou Aqui” venceu o prêmio de “Melhor Filme Internacional” e se tornou o primeiro filme brasileiro a vencer a categoria.
Ainda Estou Aqui
Dirigido pelo renomado cineasta Walter Salles (Central do Brasil), o longa conquistou prestígio nos principais festivais de cinema estrangeiros e ganhou o prêmio de melhor filme internacional do Oscar. Além disso, também concorre ao prêmio de melhor filme e Fernanda Torres, que venceu o prêmio de melhor atriz no Globo de Ouro, concorre à essa categoria também no Oscar.
Baseado no livro “Ainda Estou Aqui” (2015), de Marcelo Rubens Paiva, o longa conta a história de Eunice Paiva (Fernanda Torres), mãe de cinco filhos, que faz parte da elite brasileira no ano de 1970, e tem a vida da sua família totalmente transformada quando o seu marido, Rubens Paiva (Selton Melo), desaparece.
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Confira os demais indicados à categoria
A Garota da Agulha
A sociedade europeia abalada durante o entreguerras já foi diversas vezes revivida na história do cinema. Os escombros sociais destes indivíduos nesse período, inclusive, são regressados de forma avassaladora em “A Garota da Agulha”, longa dinamarquês indicado ao Oscar de melhor filme internacional, que traz uma história inspirada em fatos reais.
Na Copenhague do pós primeira guerra mundial e ante uma iminente nova guerra, Karoline, interpretada por Vic Carmen Sonne, é uma jovem que, após perder o emprego e enfrentar uma gravidez indesejada, recebe ajuda de Dagmar (Trine Dyrholm), uma mulher enigmática que opera uma agência clandestina de adoções de bebês rejeitados.
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Emilia Pérez
O filme “Emília Pérez”, indicado em 13 categorias ao Oscar, é considerado “rival” do brasileiro “Ainda estou aqui”.
O longa está com a divulgação sob polêmica depois de declarações da atriz Karla Gascón. A crítica especializada dividiu-se sobre as qualidades da obra dirigida pelo cineasta francês Jacques Audiard
O filme segue a advogada Rita (Zoe Saldana), que vê uma vida melhor a partir da proposta de um chefe de cartel, conhecido como Manitas.
Ele pede a ela ajuda para trocar de sexo e sumir do mapa.
Manitas se identifica como mulher e sempre se sentiu como se estivesse no corpo errado.
Após anos construindo a identidade de Emilia Pérez (Karla Sofia Gascón), ela sente falta da família e pede ajuda a Rita para reencontrá-los.
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Flow
Produzido na Letônia, localizado na Europa, “Flow” conta a história de um gato preto que embarca numa jornada com outros quatro animais diferentes, todos com um propósito único: sobreviver a uma enchente que assola a região.
O longa-metragem estreou no dia 20 de fevereiro deste ano (2025) e venceu o Oscar de Melhor Animação.
Sem diálogo humano, a comunicação entre os personagens (um gato preto, um cachorro, uma capivara, um lêmure e uma ave rapina de grande porte) se dá por sons reais gravados diretamente de suas espécies — com exceção da capivara, que era mais calada e sua voz foi substituída por um filhote de camelo.
Mesmo com a falta de falas, a trama consegue trazer tensão apenas pela sonorização e pela linguagem corporal dos animais. Cada animal tem sua personalidade que deixa o telespectador imerso na história.
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A Semente do Fruto Sagrado
Um juiz de instrução luta contra a paranoia em meio à agitação política em Teerã causada pela morte de uma jovem. Quando sua arma desaparece, ele suspeita da esposa e das filhas, impondo medidas severas que desgastam os laços familiares.
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Por Diller Abreu
Com textos de Arthur Lima, Diller Abreu, Isabela Domanico, Manuela Mendonça e Sophia Santos
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira