Conflito na Ucrânia: embaixador russo explica tensão

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Passado um ano do início dos conflitos na Ucrânia, o embaixador da Rússia no Brasil, Sergei Akapov, explicou que o clima dos dois países ainda é de tensão. “Sentimos esse conflito como uma ferida aberta em nossa própria pele”, lamentou. Para o embaixador, é muito difícil separar os russos dos ucranianos, já que os dois países têm culturas valores e muito parecidos.

De acordo com Sergei, o acordo não assinado com as Nações Unidas foi um pretexto para os protestos. Ele explicou que a Ucrânia tinha o direito de escolher com quem fazer acordos, mas era necessário levar em consideração, também, os acordos econômicos já previamente firmados com a Rússia, que seriam afetados caso esse tratado fosse assinado. “A União Europeia não quis se sentar para discutir o acordo e pensar em uma solução que fosse favorável a todos os lados. Isso forçou a Rússia a fechar suas fronteiras”. A não-assinatura do tratado foi o estopim para o início dos conflitos, que já mataram mais de seis mil pessoas desde que começaram em abril do ano passado.

Confira a posição ucraniana sobre o conflito:

Embaixador da Ucrânia comenta relações com Rússia

Segundo Akapov, um país tão grande e tão poderoso quanto a Rússia não pode existir no cenário atual, pois ameaça uma posição de superioridade que sempre tenta ser exercida pelos Estados Unidos. Para o embaixador, é por isso que a Rússia sempre é retratada para os outros países como sendo uma espécie de vilã.

Além disso,o embaixador lembrou que a Crimeia sempre foi uma república autônoma e lograva de um status especial dentro da Ucrânia. A Rússia só iria interferir no conflito caso tivesse certeza absoluta do desejo de anexação à Rússia.

Nas regiões orientais da Ucrânia as pessoas não queriam aceitar a total separação da Rússia, mas isso era negado pelas novas autoridades. O discurso separatista não existia num primeiro momento. “Nossa política, a política da Rússia, o que nós queremos é que a Ucrânia não se desintegre. [Queremos] que a Ucrânia seja um país forte, um país democrático, pacífico, um país onde os direitos humanos  de todas as minorias étnicas sejam respeitadas”. O embaixador  também opinou sobre a ONU. Ele acredita que, apesar de não ser uma instituição perfeita, a ONU foi a única instituição que criou um balanço, que fez com que, em todos esses anos, não surgisse mais nenhuma grande guerra.

Por Bruna Goularte/ Foto por: Brito Júnior

 

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