As crianças cercam a professora Viviane Peres, de 47 anos de idade, de uma escola particular em Brasília. Elas estão curiosas sobre como funciona a cadeira de rodas. A docente explica que, quando criança, foi vítima de poliomielite.
“Eles querem saber como funciona a cadeira, enfim, aquela curiosidade”. Ela aproveita a ocasião para falar sobre a importância da vacina. No Distrito Federal, há quatro regiões administrativas que não chegaram a 60% de cobertura vacinal.
No Brasil, até o final de 2022, essa porcentagem era de 72%. Segundo especialistas, é necessário que a cobertura seja superior a 95% para evitar a reintrodução do vírus no País. A reduzida imunização de crianças é motivo de preocupação entre especialistas e profissionais da saúde.
Também conhecida como paralisia infantil, esta doença viral altamente contagiosa pode afetar principalmente crianças com menos de 5 anos de idade. Ela pode causar desde paralisia permanente até mesmo levar à morte.
No caso da professora Viviane, ela chegou a tomar a primeira dose, mas não foi levada para a imunização de reforço. “A poliomielite é uma doença viral que pode ter consequências devastadoras”, relata a docente.
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Ela morava na cidade de Toledo (PR) e contraiu a doença quando tinha apenas 1 ano e 6 meses de idade. O vírus fez com que todos os seus membros fossem afetados. Segundo ela soube pela família, o primeiro sintoma foi febre e depois ficou duas semanas em coma.
Além das dificuldades enfrentadas individualmente, ela destaca a importância da conscientização sobre a poliomielite para a sociedade como um todo. Ela ressalta a necessidade de campanhas de vacinação, especialmente em escolas e creches a fim de atingir um público mais amplo e atrair a atenção das pessoas.
Embora a poliomielite tenha sido erradicada no Brasil na década de 1990 devido à intensa campanha de vacinação, o recente declínio na taxa de imunização de crianças representa um risco alarmante de ressurgimento da doença.
Para combater esta baixa, é fundamental a conscientização de pais e responsáveis sobre a importância da vacinação infantil. Segundo a pediatra, as autoridades de saúde devem fornecer informações claras e acessíveis sobre os benefícios da vacinação e os riscos associados à não vacinação.
Além disso, é essencial investir em campanhas de vacinação em larga escala, garantindo o acesso fácil e gratuito às vacinas em todas as regiões do país.
Profissional
Hoje, a orientadora educacional recorda que passou por um longo processo de reabilitação, com cirurgias e sessões de fisioterapia. Assim, buscou adquirir a maior independência possível.
Apesar de suas limitações físicas, ela nunca se deixou abater, mostrando-se aberta, autônoma e independente em todas as áreas de sua vida.
No mercado de trabalho, teve de superar desafios para conseguir oportunidades. Ela relata que encontrou acolhimento em um colégio particular de Brasília, onde trabalha há 12 anos, mas ressalta que a entrada no mercado não foi fácil.
A conscientização sobre a pólio é fundamental, uma vez que o vírus pode causar danos permanentes e até mesmo a síndrome do pós-pólio, que pode debilitar ainda mais as pessoas afetadas ao longo dos anos.
Apesar das adversidades, a orientadora valoriza a importância da formação acadêmica e da busca por autonomia para pessoas com deficiência.
Ela e seu esposo, que também teve poliomielite, vivem de forma independente em Brasília, longe de suas famílias no Paraná. Ela ressalta que o acesso à educação e ao trabalho foram fundamentais para alcançar essa autonomia.
Assim, enfatiza a importância de ver a pessoa com deficiência como capaz e apta a contribuir plenamente na sociedade.
Inclusão
No entanto, também ressalta a falta de estudos mais aprofundados sobre a poliomielite. Por ser uma doença erradicada, os casos recentes são raros no mundo, o que limita o interesse da comunidade médica e a realização de pesquisas específicas.
Ela destaca a importância de pesquisadores renomados, como o médico Acary Bulle Oliveira, e de grupos de estudo que se dedicam ao estudo da pólio, mas salienta a necessidade de maior investimento nessa área para auxiliar aqueles que foram afetados pela doença.
Viviane Peres acrescenta a importância da inclusão de pessoas com deficiência nas escolas, ressaltando que a convivência com colegas cadeirantes desde cedo quebra barreiras e preconceitos. E enfatiza que é necessário promover a vivência e a compreensão.
Ela explica que por trabalhar com a formação do ser humano, que é a escola. E, pela vida da maioria das pessoas passar pela escola, a lembrança é sobre esse tempo. Vê que é importante a vivência deles com uma pessoa com deficiência, pois eles passam a acreditar em outra pessoa que eles vão conviver. “Acho que quebra aquele tabu, aquele preconceito e que todo mundo é capaz. Acho muito legal essa vivência deles e acaba que pra eles é normal e eles não tem mais aquela curiosidade.”
Aproveitando para relatar uma vivência pessoal, Viviane conta como era o primeiro contato com uma orientadora cadeirante no início das aulas para as crianças menores.
Até o ano passado, ela cuidava das crianças menores, então todo início do ano, quando alguém entrava na escola e perguntava. “E a gente sempre conta, não tem problema nenhum. Eles querem saber como funciona a cadeira, enfim, aquela curiosidade. Depois que passa isso, a vivência fica normal e quando eles forem ver outras pessoas não tem mais aquele muro de medo ou de resistência.”
Preocupação
A médica Andrea Jácomo, coordenadora do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria no DF, contextualiza que a geração de médicos da qual ela faz parte não teve contato com crianças afetadas pela poliomielite devido ao sucesso das vacinas.
“A campanha de vacinação em massa, com destaque para o emblemático Zé Gotinha, marcou minha infância e deixou uma lembrança viva da importância da imunização”.
A especialista explica que a doença, por ser viral, é transmitida principalmente pela contaminação fecal-oral. O vírus, conhecido como enterovírus, possui três sorotipos. Após o contato com secreções ou fezes infectadas, ocorre a infecção, que inicialmente pode causar sintomas como febre, mal-estar e dor de garganta. No entanto, quando atinge o sistema nervoso central, pode levar a complicações graves, como meningite e paralisia flácida em membros inferiores.
“A paralisia é particularmente preocupante quando afeta regiões cruciais, como o centro da respiração e da deglutição, podendo ser fatal”, alerta a pediatra.
“Antes do sucesso das vacinas, nossos colegas médicos enfrentavam dificuldades no tratamento desses casos, com poucos recursos de ventilação disponíveis. Felizmente, avanços tecnológicos permitiram salvar muitas vidas.”
Embora o Brasil não tenha registrado nenhum caso de poliomielite nos últimos 33 anos, a baixa cobertura vacinal coloca a população em risco, especialmente enquanto o vírus continua circulando em outras partes do mundo. A pediatra ressalta a importância de conscientizar os pais sobre a importância da vacinação, mesmo diante da falta de incentivo do governo em campanhas vacinais.
“Dados recentes indicam que a taxa de cobertura para a vacina inativada da poliomielite em bebês menores de um ano é de apenas 67%, enquanto o ideal seria acima de 90%. No reforço aplicado aos 12 meses, a taxa fica em torno de 58%.”
Pediatra, Andrea Jácomo
Diversos fatores contribuem para a queda na imunização, como dificuldades de acesso aos postos de saúde, horários restritos de vacinação e falta de informações adequadas. Além disso, a ausência de pediatras nas Unidades Básicas de Saúde para orientar e reforçar a importância das vacinas é um desafio adicional.
“A falta de conscientização da população e o movimento anti-vacina, que ganha força no Brasil, também são fatores preocupantes”, destaca Andrea Jácomo. Para ela, é fundamental reverter esse cenário. “A prevenção por meio da vacinação é a melhor maneira de garantir que a poliomielite continue erradicada e que nossas crianças estejam protegidas.”
Diante desse panorama, é essencial que o governo invista em campanhas de conscientização, facilite o acesso às vacinas e promova a educação em saúde. Afinal, a preservação dessa conquista histórica de erradicação da poliomielite depende da cooperação de todos para manter altas taxas de cobertura vacinal.
Campanhas
Em entrevista com o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis, Eder Gatti, o Ministério da Saúde atualizou a situação da poliomielite no Brasil e as estratégias adotadas para promover a vacinação na população-alvo.
Para garantir a vacinação contra a poliomielite, o Ministério da Saúde implementou diferentes estratégias. A vacinação é realizada durante todo o ano na rotina dos serviços de saúde, seguindo o esquema de vacinação de três doses da vacina poliomielite inativada (VIP) e duas doses de reforço com a vacina oral poliomielite (VOP).
Além disso, foram adotadas ações como o Movimento Nacional pela Vacinação, campanhas publicitárias, parcerias com sociedades científicas e associações de classes, intensificação vacinal e capacitação dos profissionais de saúde.
“Quedas nas coberturas vacinais foram identificadas, possivelmente devido à falsa sensação de segurança após o sucesso das ações de vacinação ao longo dos anos, falta de conhecimento sobre a importância das vacinas, percepção individual dos pais e/ou responsáveis, medo de ir aos postos de vacinação devido à pandemia de COVID-19 e disseminação de fake news.”
Nota encaminhada pelo Ministério da Saúde
Diante disso, o Ministério da Saúde afirma que tem buscado conscientizar os pais e responsáveis sobre a importância da vacinação. Pelos números reduzidos, ainda não conseguiu mudar o cenário de rejeição ou desconhecimento da vacina. Desde o início de 2023, foi lançado o Movimento Nacional pela Vacinação, com ações que ocorrerão ao longo do ano.
O Ministério da Saúde monitora e avalia a cobertura vacinal contra a poliomielite por meio do registro das doses aplicadas no Sistema.
Além disso, garante que busca agora realizar ações de intensificação vacinal, articulações com sociedades científicas e associações de classe, atualização das regras de negócio para cálculo da cobertura vacinal, capacitação dos profissionais de saúde, plano de vacinação específico para os Estados do Amazonas e Acre, combate à desinformação em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), e oficinas de formação de profissionais em micro planejamento das atividades de vacinação.
Pólio aos 4 anos
A advogada e paratleta Carmen de Oliveira, 53 anos, natural de Belém (PA), passou por inúmeras adversidades desde que contraiu a poliomielite aos quatro anos de idade. Ela afirma não se lembrar de detalhes dessa época, mas sabe que a mãe enfrentava dificuldades financeiras e tinha quatro filhos para cuidar, o que dificultava o acesso à vacina. Nem ela nem seus irmãos foram imunizados.
Os sintomas da doença foram devastadores para Carmen. Teve convulsões, febre alta e perdeu a capacidade de andar com as duas pernas. Porém, com o tempo, por meio de sessões de fisioterapia, ela recuperou parte da mobilidade, mas sua perna esquerda ficou deformada, encurtada e com uma forma distorcida.
Aos sete anos, ela começou a perceber o bullying e as restrições impostas pela sua condição, enfrentando a exclusão de determinados ambientes. Passou por diversas cirurgias corretivas, usou muletas por longos períodos, o que lhe causou machucados recorrentes, mas provavelmente a ajudou a evitar problemas na coluna. No entanto, algumas cirurgias não foram indicadas durante seu crescimento.
Ela passou por tratamentos em Belém, incluindo correção no joelho e na perna. Mas já quando estava na adolescência, Carmen recebeu a oportunidade de fazer tratamento na instituição Sarah em 1986, tendo que retornar para Belém após o procedimento, o que atrapalhou seus estudos.
No entanto, ela nunca abandonou a busca pelo conhecimento. Enfrentou uma espera de dois a três anos para obter autorização para tratamento fora de seu domicílio. Carmen conseguiu ir para o Rio de Janeiro, onde foi submetida a cirurgias para alongar o osso da perna, utilizando ferros que foram posteriormente retirados. A diferença de comprimento entre suas pernas chegava a mais de 20 centímetros.
Apesar de todas as dificuldades, ela se formou em direito, passou na prova da OAB e conseguiu um emprego no Tribunal de Justiça em Santa Maria. Ela afirma que encontrou em Brasília, onde se mudou para fazer tratamento no instituto Sarah, um ambiente com maior acessibilidade em comparação com sua cidade natal.
Apesar de sempre manter-se firme e positiva, existem momentos em que a dor e o desânimo a colocaram em situações de insegurança. “Já houve momentos que quis amputar minha perna, pois via as pessoas amputadas vivendo suas vidas muito mais felizes enquanto ando com minha perna dura”, desabafa Carmen sobre sua rotina e uso da órtese completa.
Em sua carreira profissional, Carmen enfrentou portas fechadas devido à sua condição física, mas isso não a impediu de lutar pela inclusão social. Ela trabalha na área criminal, especificamente no tribunal do júri, e também se envolve em projetos sociais, como o Fashion Inclusivo, que promove desfiles com pessoas com deficiência para valorizar a diversidade e mostrar que há espaço para todos.
Apesar das adversidades, Carmen encontrou energia e ânimo para participar de atividades como vela adaptada, competindo em diversos eventos, inclusive em competições no exterior. Ela também se dedica a conscientizar as pessoas sobre a importância da vacinação contra a poliomielite, enfatizando que a doença deve permanecer erradicada e que todos os pais devem levar seus filhos para serem imunizados.
“Não podemos deixar essa doença horrível voltar para o Brasil. Vacinem seus filhos”, enfatiza Carmen.
Declínio
Segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), a cobertura vacinal dos brasileiros saiu de 77,13%, em 2018, para 60,61% em 2021.
A maior preocupação para o sistema de saúde do país é que com a baixa imunização, pode contribuir para o retorno de doenças já erradicadas.
Segundo Marcelo Cordeiro, infectologista e consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, em alguns casos, pelo fato de a população e até profissionais de saúde nunca terem visto algumas das doenças. Em razão da raridade ocasionada pela adesão às vacinas no passado, como é o caso do sarampo e poliomielite.
Ele identifica que a população não se lembra do quão grave é um cenário de pessoas não imunizadas e sendo outra grande influência, a onda de desinformação propagada por grupos anti-vacina, que prestam um desserviço à saúde da população.
“É uma situação séria, que merece toda nossa atenção. Quando deixamos de nos vacinar, estamos preparando o terreno para uma tragédia.”
Infectologista, Marcelo Cordeiro
Os últimos dados informados pelo SI-PNI datam de 1° de outubro de 2022, constando que a cobertura vacinal no país era de 44,59%. Deste modo, demonstrando que apesar de serem dados antes do final do ano, o percentual segue uma tendência de queda.
Menos da metade
No Distrito Federal, segundo a Secretaria de Saúde local, os dados mais alarmantes são das regiões administrativas de Águas Claras (37,2%), Lago Norte (50,8%), Cruzeiro/Sudoeste (51%) e São Sebastião (57,4%).
Por ser a capital do país, Brasília, deveria exercer o papel de exemplo diante das demais cidades e apresentar dados satisfatórios quanto à cobertura vacinal. Entretanto, desde 2017 o Distrito Federal (DF) não alcança a meta de cobertura vacinal para a pólio.
Apesar de o último caso da doença ter sido registrado na capital brasileira em 1987, no ano de 2022 foi identificado um caso de pólio nos Estados Unidos e em março deste ano foi relatado um caso no Peru.
Segundo o Ministério da Saúde, o risco é considerado “muito alto” de reintrodução da doença no nosso território pois o vírus causador ainda circula no mundo.
A partir de dados encaminhados pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, apenas duas Regiões Administrativas (RA’s) conseguiram atingir a meta de 100% da cobertura vacinal infantil em Janeiro de 2023. Sendo elas, a região norte (Fercal, Planaltina, Sobradinho I e II) e a região oeste (Brazlândia e Ceilândia).
Região | Número em janeiro | Porcentagem da meta de vacinação (%) |
Central | 309 | 91,0 |
Cruzeiro / Sudoeste | 39 | 51,0 |
Lago Norte | 16 | 50,8 |
Lago Sul | 20 | 103,4 |
Plano Piloto | 223 | 112,3 |
Varjão | 11 | 80,5 |
Centro Sul | 331 | 85,6 |
Candangolândia | 16 | 83,8 |
Estrutural | 51 | 90,5 |
Guará | 104 | 74,6 |
Núcleo Bandeirante / Park Way | 26 | 60,8 |
Riacho Fundo I | 50 | 83,9 |
Riacho Fundo II | 84 | 120,7 |
Leste | 260 | 72,2 |
Itapoã | 55 | 68,7 |
Paranoá | 93 | 109,6 |
São Sebastião | 112 | 57,4 |
Norte | 412 | 101,5 |
Fercal | 18 | 131,7 |
Planaltina | 241 | 108,6 |
Sobradinho I | 79 | 94,0 |
Sobradinho II | 74 | 85,7 |
Oeste | 632 | 111,8 |
Brazlândia | 94 | 107,6 |
Ceilândia | 538 | 112,6 |
Sudoeste | 712 | 78,3 |
Águas Claras | 67 | 37,2 |
Recanto das Emas | 133 | 82,0 |
Samambaia | 232 | 80,2 |
Taguatinga | 222 | 108,9 |
Vicente Pires | 58 | 78,3 |
Sul | 281 | 89,7 |
Gama | 142 | 99,5 |
Santa Maria | 139 | 81,5 |
TOTAL DF | 2937 | 89,5 |
Alerta
A enfermeira Fernanda Ledes, pela Secretaria de Saúde do DF, testemunha que as coberturas vacinais do calendário nacional de vacinação tiveram um ligeiro aumento de 2021 para 2022, o que encerrou o último ano com índices mais elevados do que no ano anterior.
“Essa melhoria deve-se a diversos fatores, incluindo o reprocessamento dos dados realizado pelo Ministério da Saúde, o qual resultou em um aumento nas coberturas vacinais”, constata a profissional.
Apesar desse avanço, as coberturas ainda estão abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, que, de forma geral, é de 95% para praticamente todas as vacinas do calendário infantil.
No Distrito Federal, seguem-se as normativas do Ministério da Saúde, e são realizadas ações específicas, como os “Dias D”, que são os dias de mobilização nacional, geralmente ocorrendo aos sábados em todo o país.
Ano passado, o Distrito Federal cumpriu todas as ações preconizadas pelo Ministério da Saúde nos “Dias D” e também realizou ampliação dos horários de atendimento e serviços de vacinação disponíveis.
Além disso, foram adotadas estratégias de vacinação em locais de difícil acesso e em áreas com grande movimentação, a fim de oferecer mais opções para a população se vacinar.
“É essencial que os pais e responsáveis estejam atentos e garantam que seus filhos estejam devidamente vacinados, contribuindo assim para a saúde individual e coletiva da população.”
Enfermeira, Fernanda Ledes
Crise Mundial
Atualmente, o poliovírus selvagem (PVS) se mantém endêmico apenas em dois países, Afeganistão e Paquistão. Porém, em 2021 houve a confirmação de um caso de poliomielite pelo vírus selvagem no Malawi, e em 2022 ocorreram casos em Moçambique.
Sendo ambos os países erradicados como o Brasil a mais de 30 anos, com seus últimos registro de casos confirmados em 1992.
Por Ana Beatriz Cabral Cavalcante
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira